Torcedores mineiros "invadem" Brasília para ver a Seleção Brasileira

Wallace Graciano - Hoje em Dia
15/06/2013 às 16:50.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:09

Não era difícil ver camisas alvinegras e azuis em contraste com as verde e amarelas que começavam a tomar o Estádio Nacional Mané Garrincha, pouco antes da abertura da Copa das Confederações, às 16 horas deste sábado (15), com o confronto entre Brasil e Japão. Mesmo que a festa era para celebrar a Seleção Canarinho, atleticanos e cruzeirenses não deixaram de mostrar o orgulho por seus times.

Como foi o caso do mineiro radicado em Brasília Fernando Morais, de 57 anos. Ele que é empresário ruralista, trouxe para a Capital Federal em 1977 a paixão pelo time celeste e por isso fez questão de mostrá-la hoje, apesar de ser jogo da Seleção.

“É uma emoção vir aqui ao Estádio Mané Garrincha. Sei que o jogo é da Seleção, mas não tem como esquecer o Cruzeiro. São dois grandes sentimentos”, afirma Fernando, natural de Carmo do Paranaíba, cidade localizada no Triângulo Mineiro. 

Seu filho, Gustavo Morais, de 25 anos, nasceu em Brasília, mas “pegou do pai” a paixão pela Raposa. “Desde pequeno, ele era uma pessoa maleável. Ou eu torcia para o Cruzeiro, ou não almoçava. Estou saldável até hoje”, brinca o jovem administrador.

Os dois se mostram confiantes em uma vitória do time canarinho, apostando em uma vitória apertada de 2 a 1. Para eles, se vier dos “rivais” Bernard, Réver e Jô, não faz diferença, o importante é o sucesso da Seleção. Porém, Fernando deixa escapar que “bem que poderia ser uma vitória com um gol do Mito, Dedé”.
 

700 km e a camisa do Galo para dar sorte (Foto: Wallace Graciano)

Sonho em preto e branco

Foram 700 km percorridos em mais de nove horas de viagem, mas valeu a pena. Ao lado de sua mãe, avós e irmã, o mineiro de Montes Claros, Samuel Dantas, de 15 anos, vive a emoção de pela primeira vez conferir uma grande partida do time Canarinho, afirmando ser um sonho realizado.

A camisa do Galo não poderia faltar. Apesar de vestir o uniforme canarinho por cima, Samuel não deixou de mostrar o orgulho alvinegro. “Tinha que estar aqui, né?” Disse.

Em Brasília, ele se hospedou na casa de parentes que também vieram ao duelo. Segundo ele, o único problema enfrentado para realizar seu sonho foi na hora da entrada de seus avós. “Eles tiveram ingresso barrado, parece que deu problema com meia-entrada, mas, felizmente, deu tudo certo”, aponta.

Para vir ao estádio, ele contou com a companhia de seu amigo Leonardo Borges, flamenguista de 15 anos. O candango mostrou o mesmo entusiasmo de seu colega e não vê a hora de comemorar os três gols da Seleção Brasileira, sua aposta pessoal para este sábado. Samuel também quer soltar o grito da garganta, mas de forma especial. “O Brasil vai vencer, mas tem que sair um gol do Jô”, aponta o jovem atleticano.

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