Brasil dá vexame e leva surra histórica da Alemanha em Belo Horizonte

Wallace Graciano - Hoje em Dia
08/07/2014 às 18:53.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:18
 (Jefferson Bernardes)

(Jefferson Bernardes)

A Seleção Brasileira teve, nesta terça-feira (8), o maior vexame de sua história. Em uma partida sem precedentes, a equipe canarinho foi massacrada pela fortíssima Alemanha e saiu humilhada do Mineirão após sofrer inimagináveis 7 a 1. Kross (2), Schürrle (2), Müller, Khedira e Klose foram os protagonistas da surra germânica. Oscar fez o de honra.   Klose, por sinal, entrou para a história ao se tornar o maior artilheiro da história das Copas do Mundo de forma isolada. Ele anotou seu 16º gol em Mundiais justamente no palco que revelou o Ronaldo, o antigo dono da marca, ao futebol.    Confira a galeria de fotos do massacre alemão sobre a Seleção Brasileira: No próximo domingo (13), a Alemanha chegará ao Maracanã como favorita absoluta ao título do Mundial, independente do adversário que venha pelo caminho. Argentina e Holanda disputam nesta quarta-feira, às 17 horas, no Itaquerão, quem tentará impedir o tetracampeonato germânico no torneio.   O Brasil tentará se redimir do vexame histórico na disputa pelo terceiro lugar. O confronto será realizado em Brasília, às 17 horas de sábado. Resta saber se conseguirá se recuperar a tempo para não deixar o Mundial que sediou de forma ainda mais melancólica.    Pesadelo   Foi um vareio sem precedentes na história do futebol mundial. Nunca em uma competição de alto nível, uma seleção protagonizou um domínio tão gritante frente a um grande adversário. Durante todo o primeiro tempo de Brasil e Alemanha, o que se viu foi uma equipe canarinho tentando se apoiar no motivacional, contra um time muito bem organizada por Joachim Löw. Estava claro que não se poderia esperar um final feliz para os donos da casa.   E não se precisou de muito tempo para o massacre começar a ser construído  Aos 11, Marcelo perdeu uma bola infantilmente no ataque e se esforçou para impedir o gol alemão já em seu campo de defesa, mandando a bola para a linha de fundo. Kross cobrou o tiro esquinado pela direita e a zaga canarinho ficou estática e apenas observando. Um grande pecado. Livre e na pequena área, Müller mandou de primeira para abrir o marcador: 1 a 0.   Após o tento inicial, o Brasil até que tentou reagir. Porém, não demorou muito para a Alemanha matar de vez o jogo. Aos 23, Kross deu belíssimo passe no miolo da sonolenta zaga brasileira, achando Klose livre. No primeiro lance, Júlio César salvou o gol que se construía. Porém, no rebote, o camisa 11 não pecou novamente e estufou a rede, se tornando o maior artilheiro da história das Copas do Mundo. Começava, de vez, o pesadelo brasileiro.   Na jogada seguinte, ainda atordoada pelo golpe sofrido, a Seleção Brasileira tomou outro gol. Esse, mais uma vez, através de uma sucessão de erros. Primeiro pelo posicionamento de “pelada”, já que os atletas se perderam em campo. Segundo porque Lahm chegou na linha de fundo e cruzou rasteiro. Perdida, a zaga canarinho não conseguiu cortar o lance. Livre, Müller furou ao tentar mandar para dentro, mas Kross redimiu seu companheiro e fez da vitória goleada.   A história voltou a se repetir na jogada seguinte. Na saída de bola, Fernandinho cometeu um erro primário. Kross, que nada tinha a ver com isso, recuperou a pelota e tabelou com Kherida. Ao receber a bola novamente, o camisa 18 alemão tocou no canto aberto para aumentar o marcador. Já era  4 a 0. Não perca as contas!   Pouco depois, aos 29, os dois beques brasileiros deram bote ao mesmo tempo no meio-campo. Exposta, a zaga não conseguiu conter o avanço de Khedira, que tabelou com Özil para chutar na saída de Julio Cesar e ampliar o marcador. O cronômetro nem apontava meia-hora de jogo e o Brasil já sofria uma goleada de mão cheia.   Dali até o apito que terminou o primeiro tempo, a Alemanha ainda criou duas chances evidentes de gol. Era um choque de realidade aos torcedores presentes no Mineirão.  Confiantes em uma recuperação psicológica do time canarinho, eles viram uma imensa superioridade tática e técnica dos germânicos. Parecia um treinamento de uma grande seleção contra um grupo de garotos.   Melancolia   Sem muito o que fazer, Felipão colocou dois volantes em campo e mandou o time para frente. Era a tentativa de fazer o gol de honra, sem “levar de muito”. A tática até que surtiu efeito. Na base do ímpeto, o Brasil cresceu. Porém, era pouco para fazer alguma coisa produtiva frente à forte Alemanha.    Preocupados com a final do próximo domingo, os germânicos tiraram o pé do acelerador. Nem por isso deixaram de balançar a rede. Aos 24 minutos, Lahm entrou facilmente na área e tocou para trás, achando Schürrle livre para ampliar o marcador para 6 a 0. Aos 34, o centroavante voltou a deixar sua marca, após receber livre na área e mandar no ângulo de Julio Cesar. Atônitos, os torcedores presentes no Mineirão tiveram reação apenas para bater palmas para o belíssimo futebol germânico.    No apagar das luzes, Oscar, depois de tanto errar, deixou sua marca. Nada que diminuísse a antológica goelada sofrida. No final do jogo, os alemães, ironicamente, cantavam em alto e bom som “Brasil, Brasil”. A Seleção Brasileira se despedia do Mundial de forma melancólica.      FICHA TÉCNICA   BRASIL 1 X 7 ALEMANHA   BRASIL:  Julio Cesar, Maicon, David Luiz, Dante, Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Paulinho), Oscar; Bernard, Fred  (Willian)(e Hulk (Ramires). Técnico: Luiz Scolari   ALEMANHA: Neuer, Lahm, Boateng, Hummels (Mertesacker), Höwedes; Khedira (Draxler), Schweinsteiger, Özil, Müller e Kross; Klose (Podolski). Técnico: Joachim Löw   Gols: Thomas Müller (aos 11’), Klose (aos 23), Kross (aos 24’ e 26’) e Khedira (aos 29’ do 1º tempo); Schürrle (aos 24’ e 34), Oscar (aos 45’ do 2º tempo)   Data: 8 de julho de 2014   Motivo: semifinal da Copa do Mundo   Estádio: Mineirão               Cidade: Belo Horizonte   Árbitro: Marco Rodríguez (México)   Auxiliares: Marvin Torrentera (México) e Marcos Quintero (México)   Público: 58.141   Cartões amarelos: Dante (Brasil)

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