Confira 10 momentos marcantes da 'Copa das Copas'

Gazeta Press
13/07/2014 às 21:06.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:22
 (Montagem/Fotor)

(Montagem/Fotor)

Não foi por acaso que a edição de 2014 passou a ser chamada de ‘Copa das Copas’. Se a expectativa era pessimista antes do início da competição, fatos históricos fizeram do Mundial em terras brasileiras um dos maiores eventos esportivos que já foram realizados. Se a seleção anfitriã decepcionou e entrou para a história acumulando recordes negativos, outras equipes de menor expressão proporcionaram gratas surpresas. Separamos dez acontecimentos que ficarão gravados na memória dos apaixonados por futebol.

1 - Maior goleada da história da Seleção

A delegação comandada por Luiz Felipe Scolari chegou à Copa do Mundo sob muita pressão. O principal objetivo era apagar a derrota na final da edição de 1950, para o Uruguai, no Maracanã, e conquistar o hexacampeonato diante de sua torcida. Mesmo sem encantar, o time caminhava bem até as semifinais, quando entrou para a história de forma negativa. Ao ser eliminado com uma derrota por 7 a 1 para a Alemanha, no Mineirão, sofreu a maior goleada da história da Seleção Brasileira. Outros recordes negativos também foram batidos: o Brasil nunca havia sofrido 14 gols em uma edição do Mundial.

 

2 - A consagração da carismática Alemanha

Desde a preparação, a delegação alemã se mostrou diferenciada para esta Copa do Mundo. Para conquistar o tetracampeonato, os germânicos construíram o próprio centro de treinamento na pequena vila de Santo André, em Santa Cruz Cabrália, interior da Bahia. Para afastar a fama de ‘frios’, os jogadores se mostraram muito carismáticos com os fãs, mas nunca perderam o foco de que estavam no Brasil para disputar um Mundial. O resultado pôde ser visto dentro de campo: sem sentir qualquer tipo de pressão, a seleção europeia estreou com goleada, caminhou com segurança e conquistou o título depois de vencer a Argentina, por 1 a 0, na prorrogação.

 

3 - Três campeões decepcionam

Pela primeira vez em sua história, a Copa do Mundo contava com oito campeões mundiais, mas este status de favorito parece ter atrapalhado o desempenho de algumas seleções deste seleto grupo. A Espanha, por exemplo, tinha a missão e defender o título conquistado em 2010, mas estreou sofrendo uma vexatória goleada, por 5 a 1, para a Holanda. A Fúria, porém, não foi a única a decepcionar. Em um grupo com três seleções que já chegaram ao lugar mais alto do pódio, a Costa Rica surpreendeu, fazendo com que as europeias Itália e Inglaterra também voltassem para a casa já na primeira fase.

 

4 - De Costa Rica à Argélia: as zebras também aparecem

Antes de começar a Copa do Mundo era difícil apostar em alguma zebra. A presença de todos os campeões e o bom futebol apresentado por candidatas a sensações, como Bélgica, Colômbia e Chile, ajudavam a reforçar o prognóstico de que não haveria nenhuma resultado surpreendente. Ainda assim, os azarões apareceram. No ‘grupo da morte’, a Costa Rica quis ser a protagonista, desbancou Inglaterra, Uruguai e Itália, chegou às quartas de final e só caiu em uma disputa de pênaltis com a Holanda. A Argélia também se destacou: avançou às oitavas e deixou a Copa depois de levar o duelo contra a Alemanha para a prorrogação.

 

5 - A epopeia de Luis Suárez

Maior esperança do torcedor uruguaio para voltar a vencer no Brasil, Luis Suárez não chegou à Copa em boas condições físicas, ficou fora do primeiro jogo, mas conseguiu retornar após meteórica recuperação de uma lesão no joelho. Dentro de campo, confirmou as expectativas e brilhou contra a Inglaterra. Na partida seguinte, porém, deu uma mordida no zagueiro italiano Chiellini e passou a vivenciar seu calvário. Em uma severa punição, pegou nove jogos de gancho e está afastado de eventos esportivos pelos próximos quatro meses. Contratado pelo Barcelona, também foi obrigado a assinar uma cláusula ‘antimordida’, para evitar qualquer problema ao clube catalão.

 

6 - Uma joelhada e o fim do sonho de Neymar

A Seleção Brasileira também tinha uma grande estrela. Atualmente no Barcelona, Neymar vestiu a camisa 10 do time de Luiz Felipe Scolari e assumiu a responsabilidade de liderar os seus companheiros. Até as quartas de final, vinha fazendo uma boa Copa do Mundo, mas, na vitória sobre a Colômbia, sofreu uma joelhada do lateral Zuñiga nas costas e fraturou a terceira vértebra lombar. A lesão o afastou da partida das semifinais, a goleada de 7 a 1 sofrida no Mineirão. Sem tempo de recuperação, o atacante também não atuou na derrota para a Holanda, na disputa do terceiro lugar. O sonho da Joia ficou pelo meio do caminho.

 

7 - Mí casa, su casa

A Copa do Mundo no Brasil foi especial para os sul-americanos. Os nossos vizinhos aproveitaram a proximidade com o país-sede e invadiram os estádios a cada jogo de suas seleções. Desta forma, não foi apenas os torcedores brasileiros que cantaram o hino nacional à capela: Colômbia, Chile e Equador também deram show no momento da execução da música de suas nações. Os argentinos, que chegaram a se envolver em pequenas confusões, criaram uma canção especial para o momento, provocando justamente os anfitriões ao dizerem que Maradona é maior do que Pelé. O fator mais negativo foi uma invasão de chilenos sem ingressos à sala de imprensa do Maracanã.

 

8 - A tecnologia da linha do gol

A Fifa relutou por muito tempo, mas, enfim, admitiu o uso de aparatos tecnológicos no futebol. Desta forma, a entidade máxima do futebol implantou nesta Copa do Mundo um sistema denominado ‘tecnologia da linha do gol’, que informa ao árbitro se a abola ultrapassou a linha. O recurso foi usado efetivamente em Porto Alegre, no dia 15 de junho de 2014, em uma partida entre França e Honduras: o juiz brasileiro Sandro Meira Ricci validou um gol para os franceses depois de ser avisado. Esta edição também contou com outra novidade: criado por um brasileiro, o spray usado para indicar os locais das infrações foi apresentado ao Mundo.

 

9 - A maldição do melhor do mundo

Nas últimas edições da Copa do Mundo, os jogadores eleitos pela Fifa como melhores do ano anterior não vêm se dando bem. Em 1998, Ronaldo sofreu uma convulsão antes da final contra a França. Quatro anos depois, o português Figo foi eliminado na primeira fase. Já em 2006, Ronaldinho Gaúcho fracassou com o Brasil, enquanto Lionel Messi passou o Mundial de 2010 sem anotar um gol sequer. O desafio de 2014 era de Cristiano Ronaldo, mas o Gajo não conseguiu quebrar a escrita. Longe de estar bem fisicamente, o craque do Real Madrid só foi balançar as redes na partida de despedida, quando o seu país estava praticamente eliminado.

 

10 - Me dá o dinheiro aí!

As seleções africanas decepcionaram nesta Copa, e um dos motivos que podem explicar o desempenho ruim é a interferência de fatores extracampo. A delegação de Camarões, por exemplo, ameaçou não viajar ao Brasil por causa de um desentendimento relacionado ao valor da premiação aos jogadores. Com a competição em andamento, o presidente de Gana precisou enviar um avião com dinheiro para motivar os seus atletas. Caso semelhante ocorreu com os nigerianos, depois de chegarem às oitavas de final e também receberam um ‘bônus’ maior. A equipe da Argélia, por sua vez, foi na contramão dos africanos e decidiu doar o conquistado à população de Gaza.

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