Crianças em 90, argentinos têm chance de vingança particular na final

Gazeta Press
10/07/2014 às 09:53.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:20
 (Juan Mabromata)

(Juan Mabromata)

Alemanha e Argentina se enfrentarão pela terceira vez por uma final de Copa do Mundo, e os sul-americanos não conseguem esquecer a derrota no último encontro entre eles nesta fase do torneio, em 1990. Mas os atuais comandados de Alejandro Sabella, crianças quando os germânicos superaram o time de Diego Maradona há 24 anos, têm um motivo particular para revanche.

Dos 23 jogadores que representam o país bicampeão mundial no Brasil, dez já foram eliminados de Copa pela Alemanha. Em 2006, na condição de anfitriões, os germânicos tiraram os argentinos do torneio nas quartas de final com vitória nos pênaltis após empate por 1 a 1 no tempo normal. Há quatro anos, humilharam os sul-americanos na mesma fase, impondo 4 a 0.

Mascherano e Maxi Rodriguez estavam em campo nas duas ocasiões, enquanto Messi ficou no banco em 2006 e foi titular em 2010. Palacio, hoje reserva, também só fazia parte do grupo há oito anos. O elenco atual ainda conta com Romero, Demichelis, Di María, Higuaín, Aguero e o suplente Andujar como remanescentes da goleada sofrida na África do Sul.

Do outro lado, está Klose, carrasco dos argentinos ao fazer um gol em 2006 e dois em 2010. Além do atacante, Schweinsteiger, Lahm, Mertesacker e Podolski estiveram em campo nos dois encontros. Entre os alemães presentes no Brasil e que estavam na seleção há quatro anos, ainda figuram Neuer, Khedira, Ozil, Muller (que balançou as redes na goleada), Boateng e Kroos.Joachim Low conta com 11 jogadores entre os seus 23 escolhidos que já tiveram a experiência de superar a Argentina em uma Copa do Mundo. Boa parte dos seus comandados ainda ajudou o Bayern de Munique a impor humilhante eliminação na semifinal da Liga dos Campeões em 2013 ao Barcelona de Messi e Mascherano, vencendo por 4 a 0 na Alemanha e 3 a 0 na Espanha.

Líder do grupo, Mascherano tenta deixar o passado para trás. "Revanche é muito feio. É uma oportunidade única e jogaremos com toda a ambição do mundo porque é o que temos. Se chegamos até aqui, por que não tentar?", simplificou o volante, esboçando menos lamentações pela goleada de 2010 do que alguns colegas.

Romero, por exemplo, respirou fundo ao lembrar aquela eliminação, mesmo após ter defendido dois pênaltis na semifinal nessa quarta-feira. "Estou muito mais tranquilo em todos os sentidos. Foi um golpe muito duro porque tínhamos feito um grande Mundial até aquele dia, quando as coisas não deram certo. Tanto o Neuer quanto as traves e as bolas que passaram perto não permitiram que fizéssemos um gol. Mas passaram quatro anos e esperamos fazer as coisas melhor", disse o goleiro.

Independentemente do histórico recente, o retrospecto dos encontros entre ambos em Copas do Mundo é ruim para os argentinos, que só venceram na final de 1986, no auge de Maradona, perdendo três partidas e empatando duas. Mas todo esse peso negativo promete ser deixado para trás na reedição da decisão mais repetida dos Mundiais.

"Essa é a terceira final entre Alemanha e Argentina e cada um ganhou uma. Espero que possamos vencer a próxima", declarou Higuaín, sem pensar mais na goleada sofrida em 2010. "São jogos inesperados e aconteceu. A Alemanha foi contundente e, por isso, ganhou daquela maneira. Mas finais são finais. Temos as mesmas chances que eles e vamos nos preparar da melhor maneira", definiu.

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