Fred vê grito por Luis Fabiano como cultura regional e se alivia com gol

Gazeta Pres
06/06/2014 às 22:26.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:54
 (Wander Roberto/VIPCOMM)

(Wander Roberto/VIPCOMM)

Três minutos após ouvir a torcida pedir Luis Fabiano no Morumbi, Fred marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre a Sérvia no amistoso desta sexta-feira (6) e fez questão de colocar a mão na orelha, como um convite irônico para que o grito se repetisse. Depois do jogo, porém, o centroavante disse entender a lembrança do jogador do São Paulo como um apelo regional.

"É cultural do torcedor brasileiro essa inquietação e gritam o nome do jogador da sua região. Conversamos sobre isso, que em Minas vão pedir o Dedé e, se eu errar duas, vão pedir o Jô, assim como vão me pedir se acontecer com o Jô. Isso faz parte, é normal", falou, admitindo, porém, que seria melhor ter sido aplaudido como após marcar o gol.

"Não é o ideal, queremos sempre apoio, incentivo e carinho, mas isso não mexe com o emocional. Temos que nos concentrar em campo e, graças a Deus, deu tudo certo e fiz o gol da vitória", declarou, mostrando tranquilidade publicamente, mas se cobrando internamente. Luiz Felipe Scolari relatou a apreensão do seu camisa 9.

"Hoje de manhã ele vinha dizendo que vivo de gols, sou centroavante, mas estamos tirando essa ideia. Ele é um dos que tem que fazer. se outro fizer, ótimo, temos a vitória também. Mas foi bom para mostrar que esta voltando à melhor condição. Ele é um dos melhores da posição, se sobra uma bola, mata. E não só fez o gol, também saiu em uma ou outra bola e abriu espaço. Espero que continue essa evolução", elogiou.

Um dos artilheiros da última Copa das Confederações, o atacante se cobra para colocar a bola nas redes. "Quero fazer gol sempre. Mas querer, todos querem. Vou fazer de tudo para acontecer. Vai ser muito difícil, mas a Seleção está se preparando e vou fazer de tudo para os jogadores me terem como referência e tocarem para eu fazer gols", afirmou.

Essa busca por melhora o deixa ainda mais firme no time, condição que conquistou no ano passado. Em relação a 2013, a finalização no alto mesmo caído no chão lembrou o gol que abriu o placar contra a Espanha. "Foi até mais difícil e bonito porque tive que segurar dois zagueiros, dei uma escorregada e bati mesmo caindo", argumentou, sem se aliviar tanto pelo gol no Morumbi.

"É bom ter feito gol antes da Copa, mas, se eu não tivesse feito, estaria com a mesma confiança e vontade de crescer ao extremo para a estreia. Agora, o gol contra a Sérvia já passou. É focar na estreia porque o bicho vai pegar. Na Copa teremos partidas desse nível para cima, com jogos de muito contato físico, mais tático, adversários muito fechados", alertou.

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