Andamos no Japão com o Toyota Mirai, elétrico que se abastece no posto

Boris Feldman - Hoje em Dia
07/11/2015 às 08:10.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:22
 (Hydrogen Society/Toyota/ Divulgação)

(Hydrogen Society/Toyota/ Divulgação)

FUJI (Japão) – O carro com “fuel-cell” (célula a combustível) tem seus problemas, entre eles o custo de obtenção e armazenamento do hidrogênio. Mas já estão sendo produzidos em série alguns modelos com esta tecnologia. O primeiro deles é o Mirai, da Toyota, que dirigi na pista de Fuji, autódromo ao lado do monte de mesmo nome e que já foi palco de famosas corridas de F1.

Não há diferenças sensíveis entre dirigir um elétrico movido a bateria ou com célula a hidrogênio. Ambos com um “senhor” desempenho pois, ao contrário do motor a combustão, basta encostar o pé no acelerador para surgir um torque abundante (34,1 mkgf em qualquer rotação...). E, sem embreagem nem caixa de marchas para atrapalhar os 154 cv de potência. Apesar do peso (1.850 kg), ele arranca bem: 9,4 segundos de zero a 100, segundo a fábrica. Máxima declarada de 178 km/h. A suspensão é tradicional, Mc Pherson na dianteira, braços duplos na traseira. Motor e tração na dianteira. Mas o Mirai é bom de curva, principalmente por seu centro de gravidade baixo, pois a célula, baterias e tanques de hidrogênio (dois de 60 litros cada) ficam sob o assoalho. Como só rodei no bom asfalto da pista de Fuji, não dá para imaginar se o carro será confortável em pisos menos privilegiados...

O Mirai é grande e tem dimensões semelhantes às do Mercedes Classe E. Acomoda quatro passageiros com muito conforto. Internamente é bem acabado, sem grandes sofisticações. Mas tudo muito moderno, com painel digital, comandos bem posicionados e sensíveis ao toque. Para o tamanho do carro, o porta-malas deixa a desejar com reduzidos 361 litros, semelhante ao de um VW Golf. O carro tem uma bateria de Níquel-Hidreto que se recarrega pelo sistema de regeneração de energia durante as frenagens.

Desnecessário lembrar que o carro é absolutamente silencioso, pois o ruído do motor elétrico é insignificante. Necessário lembrar que, ao contrário do carro elétrico a bateria, o Mirai tem escapamento. De onde sai exclusivamente vapor de água...

 

DENTRO - Motor e tração na dianteira, espaço interno semelhante a um Classe E, mas porta-malas reduzido (Foto: Hydrogen Society/Toyota/Divulgação)

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