Com hidrogênio, ninguém fica no meio do caminho

Boris Feldman - Hoje em Dia
07/11/2015 às 08:19.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:23
 (Hydrogen Society/Toyota/Divulgação)

(Hydrogen Society/Toyota/Divulgação)

FUJI (Japão) – Imagine que você tenha um carro elétrico e esteja levando seu filho para o aeroporto, para uma viagem internacional. Conferiu no painel a carga da bateria e, dos 300 km de autonomia, o ponteirinho indica 1/3 de disponibilidade, ou seja, o carro ainda roda cerca de 100 km. Da sua casa para o aeroporto são 40 km, um total de 80 km na ida e volta. Mas, no meio do caminho, seu filho percebe ter esquecido o passaporte em casa. Tempo para voltar e buscá-lo não seria o problema.

Mas o pânico instalado a bordo é pela bateria não ter carga suficiente para voltar em casa e ainda enfrentar todo o percurso de ida e volta para o aeroporto. Nem pensar em recarregá-la em casa pois são necessárias umas duas a três horas para uma carga rápida. E aí seu filho perde o avião.

Por esta limitação de autonomia, a tendência do carro elétrico, segundo os fabricantes japoneses, é de adotar o sistema da célula a hidrogênio, que para no posto e recarrega o tanque entre 3 a 5 minutos. Mas Elon Musk, dono da Tesla, continua apostando na bateria.

SAIBA MAIS

Elétricos: duas vertentes

Existem duas vertentes para o carro elétrico. A primeira é movimentar os motores com baterias. É tão antiga que existiu antes mesmo do automóvel com motor a combustão. Entretanto, sempre apresentou o problema da autonomia: não dá para encostar num posto e recarregá-la pois a operação demora horas.

Mas a bateria vem sendo aperfeiçoada, está cada vez mais leve e eficiente e permitiu o lançamento de dezenas de modelos elétricos. A marca mais famosa é a norte-americana Tesla, de Elon Musk: seus automóveis que rodam até 400 km. Mas, o elétrico mais vendido no mundo é o Nissan Leaf.

Como a autonomia continua sendo um empecilho para o carro elétrico, uma segunda alternativa é a célula a combustível, a “fuel-cell”. A energia elétrica é produzida no próprio automóvel a partir de uma reação química do hidrogênio no tanque com oxigênio. E, pelo escapamento, sai apenas vapor de água. Quando o tanque se esvazia, é só parar no posto (que já tenha este combustivel) e abastecê-lo novamente.

 

(Foto: Hydrogen Society/Toyota/Divulgação)

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