(Malagrine / divulgação)
Na contramão de concorrentes tão modernos quanto os seus irmãos vendidos em países mais desenvolvidos, o Etios traz um desenho antigo com jeitão de leste europeu da época da “Cortina de Ferro”. Mas a explicação é fácil: o projeto foi voltado para mercados emergentes, como a Índia, onde se deu seu lançamento, em 2010, assim como África do Sul, Indonésia e... Brasil. Por dentro, o “clima” também é antigo, incluindo enormes saídas de ar assimétricas, poluição visual com painéis plásticos em quatro texturas diferentes, tampa do porta-luvas enorme – que, ao abrir, cai sobre o acompanhante –, botão de abertura do capô igual ao afogador do saudoso Fusquinha e a ainda inexplicável montagem dos instrumentos no centro do veículo, que faz o motorista tirar os olhos da estrada para ver o velocímetro e tudo mais. Mas, para os que gostam do estilo “retrô”, não priorizam a estética ou querem andar de Toyota seja lá como for, a remissão do Etios vem com o elogiável espaço interno, motor econômico, suspensão suave e condução prazerosa, graças a uma suspensão bem regulada e câmbio com engates suaves. Toyota Etios Platinum 1.5 Flex O que é? Sedã compacto. Onde é feito? Sorocaba – SP. Quanto custa? A versão testada, “Platinum”, custa R$ 54.340. A mais simples, a “X”, sai por R$ 44.710. Como anda? Motor 1.5 flex 16 válvulas com 92 cavalos, aceleração 0 a 100 em 11.1 segundos e velocidade máxima 187 km/h. Dinâmica ágil e respostas equilibradas, com bastante força em baixas rotações e vigor ao esticar as marchas garantindo segurança nas ultrapassagens. A suspensão é confortável, silenciosa e proporciona boa estabilidade. O câmbio tem engates precisos e boa relação de marchas. Com quem concorre? Seus principais concorrentes são: Hyundai HB20S 1.6 (R$ 49.265), Fiat Siena 1.4 (R$ 38.500), VW Voyage 1.6 (R$ 45.080) e Chevrolet Prisma 1.4 (R$ 56.790). Como bebe? Elogiável consumo para um motor 1.5. Médias em percurso misto (cidade/estrada): 13 km/l com gasolina e 9,2 com etanol. Espaço Interno Bastante conforto para quatro adultos e uma criança, com folga para os joelhos de todos. Até cabem três adultos atrás, mas não é o ideal. O porta-malas com 562 litros é gigantesco e supera a capacidade de veículos maiores. Conteúdo Direção elétrica com assistência variável, sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado, controles no volante, vidros travas e retrovisores elétricos, volante regulável apenas em altura, (mas o mais alto possível ainda é baixo), chave com telecomando, rodas em liga 15” e bancos em couro, (com inexplicável costura azul). Segurança O irmão “Hatch” que tem a mesma estrutura básica se saiu bem nos crash tests da LatinNCAP realizados no ano de 2012, recebendo quatro das cinco estrelas disponíveis para a proteção dos adultos e duas para crianças. Acabamento O acabamento interno é ruim, com parafusos à mostra, tampa do porta-luvas muito grande, predomínio de plástico duro e mistura de texturas. Boa montagem da carroceria e mecânica. Pontos positivos Espaço interno Economia Direção agradável Pontos negativos Estilo Acabamento interno Posição dos instrumentos