Fomos até o texas para saber como anda o novíssimo BMW X6M

Boris Feldman / Hoje em Dia
07/02/2015 às 09:29.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:56
 (BMW / Divulgação)

(BMW / Divulgação)

AUSTIN (Estados Unidos) – A BMW acertou em cheio ao decidir apresentar seu novo X6M no COTA, pista norte americana da F1, em Austin, no Texas. Pois a nova geração do SUV, exibida no final de 2014, passou por um razoável bisturi na carroceria, mas sem deixar de lado o conceito de estilo misto entre o Utilitário Esportivo e o Cupê. Em outras palavras, manteve as abrutalhadas linhas na traseira que geram controvérsias desde seu lançamento.

Em compensação, nada como uma volta na pista para comprovar a competência da marca para fazer de um SUV muito mais um esportivo que um utilitário. E, além da mecânica impecável, um refinado interior que até desanima qualquer um a enfiar este 4x4 na lama...

Aula no asfalto

É numa pista que se percebe todos os refinamentos e a superior tecnologia mecânica do carro. A BMW chamou seu piloto Augusto Farfus, brasileiro que disputa o DTM na Europa pela marca para “brincar” na pista com a imprensa. Ele no carro da frente, dois jornalistas tentando acompanha-lo e recebendo dele (por rádio) todas as dicas de onde acelerar, frear, marcha ideal, traçado da pista. E a conclusão é que o peso-pesado (são 2,2 toneladas...) tem um desempenho inacreditável com seu V8 de 567 cv (e torque de 77 mkgf), a maior potencia já colocada sob o capô de um 4x4 da marca. O BMW X6 M deve chegar ao Brasil no segundo semestre deste ano, com preço perto dos R$ 550 mil.

Mas enfiar um motorzão não resolve: isto até construtor de hot-rod sabe fazer. A fábrica da Bavária trocou a antiga caixa de seis marchas por outra de oito. A direção elétrica sabe exatamente o que o motorista está fazendo. As regulagens dinâmicas atuam na suspensão, direção, motor e caixa. Dá para escolher entre Conforto, Sport e Sport Plus. Pode fazer qualquer trapalhada ao volante que o carro corrige. Os freios são usados e abusados na pista, mas demonstram sinal de fading, pois são duplos e ventilados. As rodas com aro 21 têm pneus Michelin super especiais que grudam no asfalto.

O interior não deixa a desejar ao mais sofisticado automóvel da marca, e o silêncio impressiona, mesmo com qualquer ponteiro lá em cima, do hodômetro ou do velocímetro. O peso-pesado, de acordo com a fabrica, teve o consumo reduzido nesta geração: de 7,1 para 9 km/l. O preço é salgado: US$ 102 mil nos EUA. Mais ou menos atrelado ao do Porsche Cayenne top-of-the-line, seu concorrente direto. No Brasil, ainda não tem preço estimado. Mas, com os impostos de importação, pode multiplicar por dois... pelo menos.

Menos brutamontes

Opção para os apaixonados pelo SUV e que não gostam do X6M: o novo X5M tem exatamente a mesma mecânica, dimensões (até o entre-eixos é o mesmo) e refinamento. Mas de estilo mais agradável, menos abrutalhado e até custa um pouquinho menos...

Entre os dois, eu continuaria optando por um M5, um foguete bávaro para ninguém botar defeito. Automóvel mesmo, grudado no chão e mais fiel ao slogan da marca: “Freude am Fahren” (prazer ao dirigir).

Controverso ou não, os modelos da linha X6 vendem tanto que a Mercedes se curvou diante das evidencias e acaba de lançar um brutamontes semelhante, o GLE. Eles, que são germânicos, que se entendam...



 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por