KTM EXC F 250 encara o 'mato' como um felino

Sérgio Melo - Hoje em Dia
07/11/2015 às 08:35.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:23
 (MARCELO BENFICA/Divulgação)

(MARCELO BENFICA/Divulgação)

Não é à toa que a austríaca KTM coleciona tantas vitórias desde sua primeira participação em competições no ano de 1953, quando faturou o primeiro, segundo e terceiro lugares na 5º Gaisberg. A filosofia da marca “Ready to Race”, voltada para o desempenho altamente competitivo, vem rendendo bons frutos, como a conquista de 250 campeonatos mundiais, incluindo 14 vitórias consecutivas no famoso Rally Dakar.

Embora seja comum a necessidade de alterações na suspensão, descarga e motor da maioria das motocicletas produzidas para o segmento “off road” antes de partir para os caminhos mais pesados, pegamos a EXC F 250 do jeitinho que saiu da fábrica e fomos direto pro “mato”.

Andando por trilhas com média dificuldade próximas à cidade de Nova Lima-MG, incluindo cascalho, subidões, degraus, rios e trechos de alta velocidade, e a máquina superou as expectativas.

O maior destaque são as suspensões com cursos acima de 300 mm, que permitem encarar o que vier pela frente na maior facilidade. Você vê o obstáculo, se aproxima esperando o impacto... e nada! Ela passa suavemente. O resultado é vencer o desafio e permanecer “inteiro” por muito mais tempo, sem cansaço. Os comandos também poupam o piloto. Acelerador, embreagem, freios, e marchas têm acionamento leve e evitam cãibras, mesmo em longos percursos.

KTM EXC F 250

O QUE É?
Categoria “Enduro”, para o “off road” lazer ou competições.

ONDE É FEITA?
Fabricação austríaca, montagem Manaus.

QUANTO CUSTA?
R$ 41.690

COM QUEM CONCORRE?
Há concorrentes diretas fabricadas pela Honda, Yamaha, Husaberg e Huskvarna, mas sem distribuição oficial constante em nosso país, de forma que não há preços tabelados a informar. No segmento de baixo desempenho, com cerca de 60% da potencia e outras limitações marcantes, temos as nacionais Honda CRF 230 F e Yamaha TT-R 230.

COMO ANDA?
O fabricante não divulga os dados de desempenho do motor monocilíndrico com 249,91 cm3, mas estima-se potencia de 32 cavalos e torque de 3 kgf.m. Quanto à velocidade e tempo de aceleração, esses não são parâmetros relevantes para esse tipo de veiculo. O importante é a mais que elogiável manobrabilidade, força, equilíbrio e resistência.

COMPORTAMENTO:
Bastante força em baixas rotações, mesmo em faixas próximas à marcha-lenta, o que é muito útil na transposição de obstáculos “pesados“, e generoso fôlego ao esticar as marchas. Quanto mais se acelera, mais o motor “cresce”. Ciclística prazerosa com reações do guidão adequadas às inclinações. Basta deslocar o corpo para frente e esticar a perna do lado interno da curva, transferindo o peso para a roda dianteira, que a traseira te seguirá obedientemente onde você for. O ângulo do garfo dianteiro garante guidão leve e muita agilidade. Mas ela é alta, o assento fica a quase 1 metro do chão. Os baixinhos terão que fazer o pêndulo sobre o assento ao parar em locais irregulares ou alterar a suspensão.

PONTOS POSITIVOS:
LEVEZA
AGILIDADE
DESEMPENHO

PONTOS NEGATIVOS:
ASSENTO ALTO
POUCA ASSISTÊNCIA ELETRÔNICA

 
CONCORRÊNCIA NACIONAL - Yamaha TT-R 230 disputa com a KTM, mas com potência bem menor (Foto: Yamaha)

 

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