O mercado de automóveis usados registrou alta de 3,9% em junho, segundo a Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), com um volume de 687.115 automóveis de passeio negociados, contra 661.281 de maio. Entre os comerciais leves a expansão foi de 4,2%, com 170.846 unidades revendidas, ante 164.014 do mês anterior.

Comparado com o primeiro semestre de 2014, a alta nos seis primeiros meses deste ano é de 16,4%, no segmento de automóveis de passeio. No período, foram negociados 3,89 milhões de unidades, contra 3,78 milhões no acumulado de janeiro a junho de 2014.

Já entre os comerciais, como picapes e furgões, a procura por um usado também se acentuou no primeiro semestre deste ano, com 919 mil unidades que trocaram de mãos, contra 835 mil no mesmo período do ano anterior. A alta equivale a 16,1%.

Inflação

Uma das razões para o aquecimento das vendas de carros usados e seminovos é aumento do preço dos automóveis novos, que, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação medido pelo IBGE, foi de 4,69% no primeiro semestre, enquanto os usados tiveram alta de 0,68% devido ao aumento da demanda.

E com o carro novo caro, até mesmo as concessionárias têm voltado estratégias para os seminovos, como aponta o presidente da Associação dos Revendedores de Veículos no Estado de Minas Gerais (Assovemg), Marlon José Vieira.

“Os concessionários passaram a trabalhar com usados e seminovos para manter seu negócio vivo, já que não conseguem vender carro novo. Eles recebem muitos carros usados como entrada para a venda de um zero e depois revendem no seu salão de usados”, explica Vieira.

Nos primeiros seis meses do ano, o setor de usados registrou alta de 16,4% sobre o mesmo período de 2014

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