Nada de marola no mercado de luxo

Marcelo Ramos - Hoje em Dia
21/05/2015 às 06:29.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:08
 (AS - A3 Sedan nacional é a carta na manga da Audi para ampliar sua participação no Brasil)

(AS - A3 Sedan nacional é a carta na manga da Audi para ampliar sua participação no Brasil)

A agonia do mercado de automóveis no Brasil não é surpresa para ninguém. Só neste ano, o setor registra queda superior a 24% e a expectativa para voltar aos patamares de 2013, ano recorde de emplacamentos e fabricação, deverá demorar pelo menos uns cinco anos, como já explicou o representante da chinesa JAC Motors, Sérgio Habib. Mas no mercado de luxo não existe crise, marola ou ventania. Pelo menos é o que afirmam os números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

E os números são endossados pelo presidente da Audi do Brasil, Jörg Hofmann, que pretende vender 15 mil unidades de seus carros este ano e chegar a 30 mil em 2020. De janeiro a abril deste ano, a marca licenciou 5.017unidades, contra 3.716 carros no mesmo período de 2014, o que correspondeu um crescimento de 35%.

Mesmo vivendo um bom momento, a Audi pretende dar um salto a partir do segundo semestre, quando começa a fabricar o A3 Sedan na fábrica da Volkswagen, em São José dos Pinhais. “Investimos R$ 500 milhões na fábrica para adequar a linha para a produção do A3 Sedan. No primeiro semestre de 2016, começaremos a fabricar o Q3”, explicou o executivo alemão em bom português.

Conterrâneos

A Mercedes-Benz também segue na mesma toada, com 20% de alta no acumulado de 2015. Das três marcas premium alemãs, a que teve o pior desempenho foi a BMW. E olha que o fabricante de Munique tem fábrica aqui. Entre janeiro e abril de 2014, foram licenciadas 4.847 unidades. Neste ano, o volume fechou em 4.678, o que equivale a uma retração de cerca de 4%. Mas o que pesa contra os bávaros é que, desde o final do ano passado, a marca opera uma linha de montagem na cidade catarinense de Araquari, de onde saem o Série 3, Série 1 e X1.

Para se ter uma ideia de como o mercado de luxo surfa na crise, a Porsche se prepara para assumir a operação de importação da marca com a abertura de 18 lojas no país.

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