O airbag que mata ao invés de salvar

Marcelo Ramos - Hoje em Dia
20/05/2015 às 06:23.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:07
 (Divulgação)

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A Toyota convoca pela quarta vez proprietários de modelos da marca para verificação de possíveis falhas no acionamento do airbag. De acordo com o fabricante, o mais recente chamamento envolve nada menos que 128 mil unidades fabricadas entre 2003 e 2007, dos modelos Corolla, Fielder, RAV4, Hilux e SW4.

O fabricante informa que foi constatada uma falha no módulo fornecido pela japonesa Takata, que tem fábrica no Brasil, que pode soltar fragmentos de metal do disparador que aciona as bolsas. Esses pequenos cacos aceleram a mais de 200 km/h e se chocam contra o corpo dos ocupantes, provocando graves lesões.

O volume de unidades corresponde a cerca de 50% do total de Corollas vendidos no Brasil no período. Segundo a Toyota, são 88.711 unidades do sedã, que deverão comparecer à rede autorizada, sendo que foram emplacadas 178.812 unidades, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Já no caso da extinta perua Fielder, que teve 29.954 unidades licenciadas entre os anos de 2004 e 2007, o recall atinge 24.285 carros, que equivale a mais de 80% das unidades colocadas nas ruas.

Proprietários dos dois modelos deverão entrar em contado com a rede autorizada a partir do dia 25 de maio para desativação dos airbags e o reparo será feito em até 60 dias.

Para os modelos Hilux, SW4 e RAV4, estão sendo convocadas apenas unidades fabricadas entre março e dezembro de 2005, sendo que são 10.859 unidades da picape, 2.362 do utilitário-esportivo (SUV) e outros 1.203 exemplares do jipinho compacto. Para os três modelos, o agendamento já pode ser feito, mas o serviço de reparo só terá início em 15 de junho.

As convocações envolvendo falha de funcionamento das bolsas infláveis não é um tormento apenas para a Toyota e seus consumidores: em todo o mundo, diversas marcas tiveram problemas com o componente fornecido pela Takata, como Honda, Nissan e Daihatsu. Estima-se que, no mundo todo, cerca de 36 milhões de veículos foram afetados com o mesmo problema.
 

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