Segmento premium registra alta enquanto o restante do mercado encolhe

Hoje em Dia
25/10/2015 às 17:02.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:12

O ano de 2015 não tem sido fácil para a indústria automotiva. A crise econômica impactou diversos segmentos da economia, inclusive o mercado de automóveis, já que escassez de crédito e falta de confiança do consumidor, afastaram compradores das faixas mais baratas do mercado, que correspondem ao maior volume da indústria. Por outro lado, o segmento de luxo tem seguido o caminho inverso.

Enquanto as vendas gerais registram quedas superiores a 22% este ano, o mercado de automóveis premium subiu 20%, como aponta o balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A razão é simples, uma vez que o perfil de consumidor que compra veículos de luxo, geralmente não sente o impacto da crise, já que seu poder de compra não é abalado.

Por outro lado, fatores como a desvalorização do real perante o dólar tornou o negócio mais interessante nesse momento. Isso porque a maioria dos importados ainda em estoque foram faturados com cotação muito mais baixa que seu valor atual. No entanto, os próximos lotes chegarão com reajustes ao atual patamar da moeda.

Diante de um inevitável encarecimento dos importados, o setor tem registrado uma corrida para garantir modelos de luxo com o dólar antigo. De acordo com o diretor da Audi Center, Miguel Cândido Albino, as vendas estão
aquecidas este ano. “Não existe crise nesse segmento, na verdade a alta do dólar tem sido um bom argumento de vendas. Os clientes estão aproveitando para comprar automóveis com preços fixados na cotação de quando foram faturados”, observa Albino, que afirma que o perfil de consumidor que frequenta sua loja conhece o mercado financeiro e sabe quando vale a pena investir.

Líderes

Marca por marca, a campeã de vendas no mercado premium é a Mercedes-Benz, que de janeiro a setembro emplacou mais de 11 mil unidades, no qual os utilitários não figuram na conta. A marca é seguida de perto pela Audi, que vendeu apenas cerca de mil veículos a menos. Mais isolada, a BMW fica com o terceiro lugar com 8 mil
carros emplacados.

Entre os modelos importados, o primeiro lugar é do Audi A3 Sedan, que já somou 4,5 mil unidades em 2015 e acabou de ganhar cidadania brasileira, pois começou este mês a ser produzido na fábrica que a Volkswagen compartilha com a Audi em São José dos Pinhais (PR). (Com Alex Bessas)
 

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