(Sérgio Melo)
Apesar do tamanho avantajado, a Triumph Tiger Explorer ABS 1.200 é extremamente dócil e estável. Sem perder agilidade, ela não se importa com buracos, ventos laterais ou mudanças de trajetória, atende aos seus comandos obedientemente– ao contrário de outras motos grandes, que teimam em ter idéias próprias, em geral diferentes das suas. Essa inglesa montada em Manaus é fiel ao DNA de “Big Trail” e manda bem no asfalto e na terra. Perna curta Sem dúvida não é uma moto para gente pequena, mas não precisava ser tão alta. O assento é regulável e compensa uma menor estatura. Apesar de ser uma “mamute” de 255 kg, ela não parece ser tão pesada. Nos semáforos, é fácil manter a “gigante” em pé. E andando, parece leve como uma 350 cm³. No bolso R$ 55.990 é, sem dúvida, muita “grana”, mas se pensarmos que a concorrente alemã custa bem mais, fica aí o consolo. O consumo de combustível durante o teste, em percurso misto cidade-estrada, foi de 16 km/litro. Motor 1.200 cm³, com três cilindros, 137 cv e generoso torque de 12,3 quilos. A entrega de força é linear e dócil. Mas se quiser andar tranqüilo, é só “pegar leve”. Mesmo o iniciante não vai se assustar com ela. Mas basta “enroscar o arame” com vontade, que a história muda e ela mostra que sabe ser “ignorante”. Freios, suspensão e transmissão Com dois discos na frente, um na traseira e ABS, a Tiger para super bem. A suspensão permite regulagem para o tipo de condução desejada e terreno. Transmissão por cardã, que dispensa manutenção e ruídos, completa a obra. Nada de cãibras na estrada Posição de pilotagem agradável e a ciclística que faz as curvas para você... Horas na estrada não cansam. O guidão tem boa largura. Por ser mais alto que os retrovisores, não entala nos congestionamentos. A garupa também é confortável, nada de pernas mal posicionadas ou cãibras. Uma comodidade a mais é o “cruise control”, que mantém a velocidade.