Inseminação cresce 10% em 2015; técnica garante rentabilidade

Hoje em Dia
02/09/2015 às 08:36.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:36
 (Divulgação)

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O mercado de inseminação artificial deve fechar, em 2015, com crescimento entre 5% e 6% em número de doses de sêmen e entre 8% a 10% em faturamento. A expectativa é de Heverardo Carvalho, presidente da Alta Genetics do Brasil, para a qual estima crescimento de 9% em doses e de 11% em faturamento. A Alta é uma das maiores centrais de coleta, processamento e distribuição de sêmen do mundo e tem sede em Uberaba, Minas Gerais.   Os números confirmam que o segmento se mantém em ascensão. Segundo a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), em 2014 foram comercializadas aproximadamente 14 milhões de doses de sêmens, entre gado de corte e leite. O Brasil é considerado um dos maiores exportadores de carne bovina, mas apenas 10% das vacas brasileiras são inseminadas, ou seja, 90% das matrizes ainda fazem uso da monta natural. Isso significa que ainda há um vasto mercado a ser alcançado.

“A inseminação artificial é uma tecnologia rentável, econômica e tem resultado mais eficaz quando comparada à monta natural. O desinteresse, a falta de conhecimento e o medo da mudança são os fatores que mais dificultam o pecuarista a investir na técnica. Porém, o principal motivo é a falta de informação. Embora seja uma ferramenta excepcional para aumentar os lucros, é pouco explorada entre os pecuaristas”, afirma Heverardo Carvalho.   Para ele, outro fator que prejudica a rentabilidade da fazenda é a gestão administrativa. “Se não houver uma boa administração, a inseminação artificial não será suficiente para garantir uma produtividade eficiente. Um dos maiores erros do pecuarista é o não acompanhamento da gestão do negócio. Ele acha muito, observa tudo e não anota nada. É preciso acompanhar de perto todo o desempenho da propriedade, para que alcance os resultados almejados”, ressalta.   “Investir em inseminação artificial é muito barato. O custo do sêmen é muito baixo, ou seja, corresponde a 0,5% a 1% da composição do custo do leite ou da carne. Se falarmos que o sêmen vai subir 20% devido ao aumento do dólar, 20% de 1 é igual a 0,2”, comenta Heverardo Carvalho.   A Alta tem investido na compra de touros, treinamentos e desenvolvimento de programas, para que o pecuarista seja assistido de forma integral. “Constantemente, contratamos animais que possuem alto potencial genético. Para selecionar novos touros, buscamos não somente o que o mercado quer, mas principalmente o que o pecuarista necessita. É extremamente importante saber identificar quais são as fraquezas do rebanho do cliente para encontrarmos um touro que ajude a atingir o mercado que ele atende”, explica Heverardo Carvalho.   Um dos animais mais recentes a chegar a Central da Alta, em Uberaba, foi o touro REM Caballero, considerado Top 0,1% no ranking da Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores (ANCP) e detentor do maior índice Mérito Genético Total (MGT) da história, com 32,56%. Reservas para a venda de sêmen do animal já estão sendo feitas. Dez por cento do touro REM Caballero foram vendidos, recentemente, por R$ 465 mil, estimando o animal em R$ 4,65 milhões.   Vantagens   Diversas técnicas estão disponíveis no mercado e que podem potencializar a produção do gado de leite e de corte. Uma delas é a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), tecnologia que apresenta como vantagens ao pecuarista a diminuição da mão de obra, pois elimina a necessidade de detecção de cios; o aumento do índice de prenhes em intervalos curtos; a inseminação em maior escala; o ganho de peso ao desmame e a escolha de animais com alto potencial genético para diversas características, podendo o pecuarista moldar o rebanho de acordo com as suas expectativas.   “O desinteresse, a falta de conhecimento e o medo da mudança são os fatores que mais dificultam o pecuarista a investir na técnica. Porém, o principal motivo é a falta de informação” Heverardo Carvalho, Presidente da Alta Genetics

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