Tiago Debortoli: com a faca e o queijo na mão

08/07/2015 às 11:22.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:49

Em um ano de resultados adversos na economia brasileira, o agronegócio tem se destacado por ser o único setor a manter níveis elevados de crescimento. Os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio cresceu 4,7% no primeiro trimestre do ano, frente ao mesmo período de 2014, enquanto o PIB Nacional teve uma retração de 0,2% nos primeiros três meses.


Diante deste cenário, as empresas do setor agropecuário têm buscado soluções para desenvolverem e aumentarem sua competitividade no mercado. Foi o que fez a Cooperativa dos Produtores do Serro (MG, entidade, que agrega 600 associados dedicados à produção do queijo do Serro, reconhecido como patrimônio imaterial brasileiro iniciou, em 2013, um processo de mudança de gestão, com o objetivo de combater os fatores que estagnavam o seu crescimento. Denominado “Mão na Massa”, o projeto propôs a implantação de um sistema de gestão estável e sustentável, promovendo a organização e padronização de seus processos internos e a valorização das pessoas.


Foram reduzidos os desperdícios e alterada a política de precificação dos produtos, aumentando o rendimento do leite. O balanço de resultados do ano em que foi implementado o projeto - apontou um salto de 168%.


O desempenho da CooperSerro é essencialmente ligado ao engajamento de seus pares. Por isso, era preciso implantar uma cultura de gestão com foco em resultados que mobilizasse colaboradores, produtores e associados para a busca de um mesmo objetivo: o desenvolvimento sustentável do negócio. Promoveu-se uma série de capacitações específicas para que colaboradores e produtores compreendessem o impacto e a importância da sua contribuição para o resultado da entidade, que, consequentemente, também era o seu resultado.


Para os colaboradores as orientações estavam voltadas ao aprimoramento e controle da rotina de trabalho, que potencializarão a produção, e para a implantação de uma política de valorização e reconhecimento, que retém e mantém talentos, compartilhando responsabilidades e rendimento para que os indivíduos se sintam donos do negócio.


Já a qualificação dos produtores tem como enfoque a alimentação do gado e o manejo adequado do rebanho – fatores que interferem diretamente na qualidade e na captação do leite. A entidade oferece aos seus associados linhas específicas de crédito para alcançar melhorias de índices zootécnicos e financeiros na propriedade.


O processo de implantação do “Mão na Massa” termina em agosto deste ano. Mas, a visão estratégica assumida pela CooperSerro já transformou seus resultados. Hoje, a entidade dobrou sua produção e projeta um crescimento de 10% para 2015, seguindo a média dos últimos anos.


Foram reduzidos os desperdícios e alterada a política de precificação dos produtos O balanço apontou um salto de 168%

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