Agronegócio mineiro terá R$ 11,6 bi em financiamento

Fábio Corrêa
primeiroplano@hojeemdia.com.br
12/07/2017 às 07:24.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:30
Para tributaristas, a falta de transparência pode, no futuro, trazer novos problemas jurídicos (Orlando Kisner/Fotos Públicas)

Para tributaristas, a falta de transparência pode, no futuro, trazer novos problemas jurídicos (Orlando Kisner/Fotos Públicas)

Com o anúncio da disponi-bilização de R$ 11,6 bilhões em crédito rural para Minas Gerais, o Banco do Brasil lançou, ontem, o Plano Safra 2017/2018. O valor significa um incremento de R$ 2,3 bilhões em relação aos recursos do ano passado, 25% a mais que os R$ 9,3 bilhões de 2016/2017, destinados ao fomento da produção de agricultores familiares, médios produtores e empresas do setor.

Os números foram divulgados ontem na Superintendência Estadual do Banco do Brasil, em BH. “Em tempos de dificuldades, a agricultura tem sido o principal vetor da economia brasileira e mineira”, afirmou o superintendente da instituição em exercício, Humberto Freire de Carvalho. “O compromisso é que não faltarão recursos para o nosso Estado”, garantiu ele.

Simultaneamente, em Brasília, o governo federal anunciou o aporte de R$ 103 bilhões do programa para todo o Brasil, R$ 2 bilhões a mais que no ano passado. “O Brasil é agronegócio. O setor tem sido fundamental para a retomada do crescimento”, comemorou o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, em Brasília. A projeção do IBGE, lançada ontem, é de safra recorde para o ano, com 240,3 milhões de toneladas. 

Em Belo Horizonte, o secretário do Desenvolvimento Agrário de Minas Gerais, Professor Neivaldo, ressaltou a importância dos agricultores familiares no setor e criticou o discurso proferido, em Brasília, por Caffarelli, pelos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Blairo Maggi (Agricultura) e por Michel Temer. 

“Falou-se muito em agronegócio, mas a agricultura familiar responde por 70% daquilo que vai para a mesa”, afirmou Neivaldo, que lamentou que a redução de 1 ponto percentual em taxas de juros para empresas não tenha sido expandida para o crédito do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). 

Além disso, em números gerais, os agricultores familiares terão, em Minas, R$ 2,3 bilhões disponibilizados pelo Plano Safra 2017/2018, mesmo número dos médios agricultores. Se somados, ambos não chegam aos R$ 7 bilhões disponibilizados, em Minas, às empresas do setor.

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