
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta quinta-feira (11), que o auxílio emergencial deve voltar a ser pago pelo governo em março.
Em entrevista, após um evento oficial em Alcântara (MA), o chefe do Executivo afirmou ainda que o valor do benefício não está definido, e indicou a vigência dessa nova fase do subsídio.
"Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir... com toda a certeza, pode não ser, a partir de março. Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade fiscal", disse o presidente.
A partir de abril do ano passado, o governo pagou quatro parcelas de R$ 600 para os beneficiários. De setembro a dezembro a quantia depositada caiu pela metade.
“Não pode ser eterno”
Na entrevista, Bolsonaro fez questão de ressaltar que o auxílio vai ser temporário, destacando o receio em relação aos impactos da verba no cenário econômico do país.
"No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial. Que, repito, o nome é emergencial; não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E sabemos que o povo quer é trabalho", completou.
Por fim, o presidente também voltou a se mostrar contra medidas de prevenção à disseminação da covid-19 que impliquem no fechamento do comércio.
"Tem que acabar com esta história de fecha tudo, tem que cuidar dos mais idosos e dos que têm comorbidades. De resto, tem que trabalhar. Caso contrário, se nos endividarmos muito, o Brasil pode perder crédito e a inflação vem. A dívida já está em R$ 5 trilhões, aí vem o caos".