(Instagram Dinneer/Divulgação)
O ambiente é familiar e a comida é caseira. Tudo bem que nem sempre tão barata, mas o sabor comparece. A principal vantagem é que depois de comer e beber à vontade é só levantar com a turma e ir embora. A arrumação fica por conta do cozinheiro anfitrião, que cobra de R$ 40 a mais de R$ 400 – por pessoa – pelo happy hour gastronômico.
A oportunidade de encher os olhos (e o estômago, claro!) faz parte do menu do Dinneer.com, espécie de Airbnb da gastronomia, numa comparação com a plataforma de hospedagens online. Ferramenta virtual concebida no Brasil e propagada pelo mundo, o Dinneer.com tem como proposta número um conectar quem paga por uma refeição a quem está disposto a oferecê-la na própria casa. Ousado, almeja “construir o maior restaurante do mundo sem possuir nenhum restaurante”, nas palavras do CEO, Flávio Estevam.
Para participar, recebendo ou sendo recebido, é simples. O site é descomplicado do início ao fim e informal (ou mais refinado, ao gosto do freguês).
Passo a passo
Para ser anfitrião, basta criar um anúncio, de preferência com foto. Afinal, beleza não é tudo, mas abre o apetite. Mais importante ainda é deixar claro o tipo de refeição, o menu que será servido e a quantidade de pessoas que poderão sentar-se à mesa. O preço fica a critério de cada chef anfitrião.
Para se ter uma ideia, há quem cobre R$ 40 por um almoço mineiro, com frango com quiabo e angu, para até quatro pessoas, e quem ofereça por quase R$ 500 um italianíssimo ossobuco à milanesa, caso de um “restaurante” de São Paulo.
Do outro lado da mesa, para quem está em busca de uma experiência gastronômica inusitada, o “trabalho” é ainda mais simples: é só escolher o que mais agrada o paladar, fazer a reserva, convidar os amigos ou a família (se assim desejar) e voilà: bon appétit!
Fechado o negócio, convidado e anfitrião são colocados em contato pelo WhatsApp para definir os ajustes finais e combinar data e local da refeição. Para garantir que tudo saia nos conformes, um “funcionário” da plataforma virtual também participa de tudo, monitorando a negociação do início ao fim.
Segurança garantida
Empreendedor social, especialista em criar startups, Flávio Estevam simplifica o que para muita gente pode parecer complicado. Segundo ele, os entusiastas do serviço, lançado em 2015, nada mais são do que cozinheiros hospitaleiros e visitantes curiosos em busca de boa comida e novos amigos.
“Temos uma comunidade de pessoas com um interesse em comum. A primeira pergunta de um anfitrião nunca é sobre segurança ou sobre o perigo de abrir as portas de casa, mas sobre como receber bem, possibilitando uma boa experiência gastronômica”, afirma Estevam.
Como o site ganha dinheiro? Cobrando uma espécie de gorjeta de funcionário e cliente. O Dinneer.com fica com 10% do que o cozinheiro-anfitrião cobra pelo menu preparado e também com 10% da taxa de serviço cobrada no ato da reserva pelo degustador voluntário.
Além disso:
Jornalista apaixonada por gastronomia, a belo-horizontina Andrea Pio, uma curiosa nata, encantou-se desde o início pela plataforma de jantares compartilhados. Apesar de morar sozinha, adora ter a casa, ou melhor, a cozinha cheia. “Nunca havia pensado em reunir um indiano, um americano e um japonês na mesma mesa. Por mais que a gente não falasse a mesma língua, não deixamos de nos comunicar nem de compartilhar. E é para isso que serve a plataforma”, comenta a cozinheira de mão cheia que recebe em casa há pouco mais de um ano.Maurício Vieira
Andrea Pio (de chapéu) recebe convidados em casa há pouco mais de um ano, desde quando conheceu a plataforma; a casa dela, que mora sozinha, vive cheia de gente para degustar delícias mineiras
da novidade.
Quer saber como foi a experiência deles? Confira no vídeo abaixo: