À CPI da Rouanet, Ana de Hollanda defende rigor do MinC e blog de Bethânia

Folhapress
19/10/2016 às 14:15.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:17
 (Reprodução)

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Ministra da Cultura de janeiro de 2011 a setembro de 2012, Ana de Hollanda prestou esclarecimentos à CPI da Lei Rouanet na Câmara, em sessão na terça (18). 

Entre explicações sobre o funcionamento do mecenato, ela defendeu Maria Bethânia e seu projeto "O Mundo Precisa de Poesia". 

Em 2011, Bethânia conseguiu aprovação para captar, via Lei Rouanet, R$ 1,3 milhão para um blog com 365 vídeos em que declamaria poemas. Depois de diversas críticas, Bethânia cancelou o projeto. 

Para Hollanda, as queixas foram "um ataque absurdo". "Qual país não se orgulharia de ter uma Bethânia?", questionou. "Foi uma injustiça." 

Ela também disse que desvios na Lei Rouanet -como aqueles investigados na Operação Boca Livre, ação da Polícia Federal que apura fraudes em projetos- são "um percentual ínfimo em relação ao que é bem executado". 

A ex-ministra afirmou que o próprio MinC foi responsável por descobrir os desvios hoje apurados pela PF. Segundo Hollanda, a Sefic (Secretaria de Financiamento e Incentivo à Cultura), em 2011, percebeu que produtores apresentavam fotos iguais para comprovar ações culturais distintas. 

O ministério, porém, "não tem a função de punir", e o caso foi para a CGU (Controladoria Geral da União) no começo da gestão seguinte, de Marta Suplicy.

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