18ª edição do Festival Estudantil de Teatro começa neste domingo na capital

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
17/10/2018 às 17:51.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:18
 (Ricardo Albertini/Divulgação)

(Ricardo Albertini/Divulgação)

Quando o FETO – Festival Estudantil de Teatro– surgiu em 1999, em Belo Horizonte, a ideia era abrir espaço para que os estudantes experimentassem e apresentassem seus trabalhos. Agora, na 18ª edição, que começa no domingo com a apresentação do espetáculo “Prazer”, da Cia. Luna Lunera, o evento alcança a maioridade, mas continua cumprindo seu papel: traz para a capital espetáculos novos de vários lugares do Brasil. A programação completa pode ser acessada em www.noato.org.br/feto.

Organizador do projeto, Rodrigo Soares ressalta a importância do longevo projeto, o único no país a ter um foco específico na área estudantil. “Ele a importância de dar voz a esses trabalhos e também servir como vitrine para mostrar um caminho possível desde a formação”. 

Com trabalhos vindos da Bahia, do Rio de Janeiro, de São Paulo, Goiás e também de Belo Horizonte, Soares reforça a busca por representantes nacionais na programação. “Não é uma premissa, mas tentamos orientar a comissão de curadoria a tentar trazer um contexto que represente todo o país”, reconhece. 

Programação

Apesar da diversidade de lugares abarcados, as produções traçam caminhos semelhantes e colocam em cena debates permeados por questões raciais e de gênero – temáticas que ganham ainda mais força na conjuntura atual do país. “Estamos lidando com jovens e eles têm uma coragem e uma energia muito grande de se aventurarem em questões polêmicas”, destaca Soares. 

Outro fator que também aproxima os espetáculos é o caráter autoral das produções, característica que reverbera também nas outras presenças na programação do festival, como as oficinas de dramaturgia. “Procuramos sempre construir atividades que contemplem os temas acentuados pela seleção”, justifica Soares. 

O organizador também destaca o caráter de formação do projeto, que insere na programação debates, promovidos após os espetáculos. “São conversas, que chamamos de olhares, sobre essas produções apresentadas”, explica Soares. Além disso, há ainda um encontro, que coloca em debate a relação entre a sociedade e a cultura do país. “Vamos lançar um olhar sobre a questão da dramaturgia e como ela ocupa um lugar de militância e de resistência”, diz Soares. 

O FETO ocupa o Sesc Palladium (Av. Augusto de Lima, 420 – Centro), no domingo, às 19h. Ingressos:  R$6 (inteira) e  R$ 3 (meia) 

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