Supla: Artista lança autobiografia nesta terça-feira, em Belo Horizonte

Thais Oliveira - Hoje em Dia
23/02/2016 às 07:27.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:32
 (Mujica/Divulgação)

(Mujica/Divulgação)

2 de abril de 1966, São Paulo. Eduardo Smith de Vasconcelos Suplicy – ou simplesmente Supla – tinha que esperar o 1º de abril passar para nascer. Se não, ia parecer até uma pegadinha. “Punk rock” de carteirinha, o “Papito” experimentou um bocado de loucuras ao longo de 30 anos de carreira e quase 50 de vida. Para selar as datas, nada melhor que uma autobiografia – eis, pois, “Supla: Crônicas e Fotos do Charada Brasileiro” (Edições Ideal), que será lançada nesta terça (23) na capital mineira.

Espécie de “brasileiro norte-americanizado”, nos primeiros anos de vida o menino foi morar nos EUA com os pais, Eduardo e Marta Suplicy, nomes icônicos da cena política brasileira. Aliás, se há uma coisa da qual ele fugiu foi dessa herança. O motivo? “Prefiro fazer política de outro jeito, na arte. Vir de uma família ‘quatrocentona’ como é a minha era um peso”, afirma, ao Hoje em Dia, referindo-se também ao fato de Eduardo vir de uma tradicionalíssima família paulistana, os Matarazzo Suplicy.

O que talvez o leitor não saiba é que, não tivesse virado músico, Supla poderia ter se tornado... um atleta! “Os esportes me ajudaram na música, com a expressão corporal. Um boxeador, por exemplo, é como um cara que toca bateria, já que tem que saber mexer a perna e ter ritmo”, diz.

Na estrada

Os Impossíveis, Metrópolis, Tokyo, Supla Zoo, Psycho 69 e Brothers of Brazil (duo com o irmão João) são as bandas que ostentaram o nome de Supla na formação. O artista lançou 14 discos, metade deles na carreira solo. Em abril, mais um sairá do forno. “Humanos”, “Japa Girl” (“Green Hair”) e “O Charada Brasileiro” são alguns dos hits na voz do Papito.

As façanhas

O gosto de “Garota de Berlim”, porém, teria sido especial, do tipo “tutti frutti”. Pelo menos assim Supla descreve o beijo “punk” que deu na cantora alemã Nina Hagen, horas após gravar a música com ela e o Tokyo.

Já a Psycho 69 trouxe uma chuva de cusparadas. A experiência aconteceu em 1996, na abertura dos Ramones. Sim, por três noites, o público fez tal recepção à banda no Olympia (SP). Pois é. Deve ter doído mais do que o tiro no pé, que tomou acidentalmente de um guitarrista de sua banda.

Foi no reality “Casa dos Artistas” (SBT), contudo, que o loiro ampliou a fama. “Foi importante não só financeiramente, mas para a minha imagem. As pessoas achavam que eu era um louco, que ficava batendo a cabeça na parede. Sou grato ao Sílvio”.

Supla ainda conta como emprestou suas botas para Cazuza, jogou sinuca com Amy Winehouse ou basquete na Fairfax com Flea (baixista do Red Hot Chili Peppers), dividiu o palco com um ex-Sex Pistols no Rock in Rio, tomou café com Iggy Pop, entrevistou Billie Joe Armstrong (Green Day) e foi trocado por uma mala com R$ 50 mil no reality “Papito in Love”, da MTV, dentre outras façanhas.

E se ao final das 50 crônicas ainda restar alguma dúvida sobre o “Charada Brasileiro”, vale dar mais atenção às fotos. Há uma infinidade delas por lá, a revelar as várias facetas de “Edu” – ou Eduardo, como os pais o chamam no prefácio.

Serviço:

Lançamento do livro “Supla: Crônicas e Fotos do Charada Brasileiro”. Nesta terça (23), às 19h, na Leitura do BH Shopping

FILHO REBELDE – “Era muito bom não ser reconhecido como filho de políticos”, diz Supla na autobiografia, ao contar que, perto dos 30 anos, voltou para os EUA, onde se sentia “livre”. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
 

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