"Selfie": não é que até o presidente Barack Obama se rendeu à mania?

Hoje em Dia
24/12/2013 às 10:47.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:59
 (AFP)

(AFP)

No último dia 10, durante a homenagem a Nelson Mandela no estádio Soccer City, em Soweto, a foto ‘selfie’ do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em companhia dos primeiro-ministros da Dinamarca e do Reino Unido causou furor nas redes sociais e percorreu o mundo. As reações foram da crítica à consternação. “Como é possível que grandes líderes se comportem como adolescentes num momento tão solene?”, disseram uns.
 
O fotógrafo da AFP Roberto Schmidt capturou o instante em que, na arquibancada do estádio, a primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning Schmidt, em companhia de David Cameron e Barack Obama, segura o smartphone e tira uma foto com os dois colegas – todos muito sorridentes.

Uma vez divulgada, a inusitada foto foi imediatamente divulgada por todos os meios de comunicação (BBC News, NBC News, USA Today, Huffington Post, Daily Mail, Buzz Feed, Le Monde etc), compartilhada e comentada em todas as redes sociais, especialmente no Twitter. “Deveria haver uma proibição de ‘selfies’ durante cerimônias de homenagem e funerais, não?”, perguntou o internauta @JeffryHalverson, no Twitter. “Esta é a ‘selfie’ mais importante de 2013?”, perguntou o site BuzzFeed.

Inúmeras pessoas notaram que, na mesma foto, Michelle Obama pode ser vista à esquerda de seu marido, um pouco de lado, mantendo o ar sério e respeitoso – postura esperada num dia de homenagens fúnebres.

Outros internautas optaram pela diversão e pela ironia. Mas, além de tudo isso, a foto consagrou o fenômeno: as ‘selfies’ (autorretrato) se espalham pelo Facebook, Instagram e Twitter, publicadas por celebridades, como Rihanna. O alcance das fotos chegou até mesmo ao prestigioso dicionário britânico Oxford, que elegeu ‘selfie’ como palavra do ano de 2013.
Fenômeno não, mas não o único de 2013. Quem não balançou ao som de “Get Lucky”, do Daft Punk?

A volta do camaleão Bowie
 
O cigarro eletrônico ganhou adeptos, a moda grunge e as modelagens minimalistas saem às ruas, a palavra “selfie” entrou para os dicionários e o fenômeno “Violetta” sai da América Latina para ganhar o mundo. Essas são algumas das tendências que dominaram 2013 e que dão o tom do que esperar em 2014.

Um seriado da televisão argentina para crianças e adolescentes lançado em 2012 pela Disney virou febre em 2013. “Violetta” bateu recordes de audiência na América Latina e na Europa e sua trilha sonora ficou no topo de todos os rankings musicais em ambos lados do Atlântico.

A internet, os álbuns de figurinhas, os fã-clubes e os jogos de videogames potencializaram a fama da cantora teen, que agora está em turnê pelo Velho Continente.

2013 também foi um ano de retornos à cena musical. Após um jejum de dez anos, o britânico David Bowie surpreendeu o mundo logo em janeiro com o anúncio de seu retorno, aos 66 anos.

O álbum “The Next Day” – que vendeu mais de 1,2 milhões de cópias em todo o mundo – não só mostrou que o camaleão está em plena forma, como deixou claro que ele ainda é muito atual.

Os franceses do Daft Punk, dupla que popularizou a música eletrônica, também deram o ar de sua graça este ano. “Get Lucky”, como já foi dito na capa deste caderno, foi um sucesso global. Com três milhões de cópias vendidas, o álbum levou quatro indicações aos prêmios Grammy. Em 2014 outro retorno vem sendo muito aguardado: o da banda irlandesa U2, cujo lançamento do novo álbum está programado ainda para o primeiro semestre.

Mas outros êxitos tiveram destaque em 2013. O grupo Fun, por exemplo, emplacou uma série de hits, enquanto a neozelandesa Lorde ganhou a reverência dos que estavam à procura do novo. O grupo folk britânico Mumford & Sons também não teve o que reclamar do ano.
 
Na moda, referência ao estilo grunge
 
Adeus à gola Peter Pan, que dá um ar romântico e jovial ao look de qualquer mulher. Hedi Slimane quis deixá-lo para trás de vez em março, com seu desfile para a Saint-Laurent. Sob o olhar atônito dos editores de moda, Slimane levou o grunge para as passarelas, com jovens despenteadas e camisas de flanela xadrez à la Nirvana. A referência é tanta que a estilista convidou a ex-namorada de Kurt Cobain, Courtney Love, para a campanha da marca.

A moda também conviveu com outra forte tendência, o minimalismo. Cortes muito apurados, que lembram o trabalho de um arquiteto. Roupas fluidas e de falsa simplicidade, com muita elegância – marca da grife francesa Céline. Em 2013, as roupas esportivas também ganharam espaço nas passarelas. Para 2014, a sensualidade das transparências deve pontuar as coleções verão.

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