'A Era do Gelo: Big Bang' repete temas dos filmes anteriores

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
04/07/2016 às 19:46.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:10
 (Fox/divulgação)

(Fox/divulgação)

Primeiro foi o mamute Manny. Depois o tigre-dentes-de-sabre Diego. Agora é a vez da preguiça Sid e da filha de Manny, Amora. Cada episódio da animação “A Era do Gelo” envolve praticamente o mesmo elemento: o início de uma estrutura familiar, a partir da correspondência amorosa, e seus desdobramentos, como gravidez, responsabilidade com os filhos, adolescência e os desafios de uma vida adulta longe dos pais.


O único que continua solitário, incapaz de agarrar até mesmo uma indefesa noz, é o esquilo dente-de-sabre Scrat. Talvez por isso segue ainda como o melhor personagem da franquia, sempre presente em situações divertidas e pronto para pôr tudo a perder, como ir para o espaço e destruir o planeta Terra nessa quinta aventura. Já seus amigos em terra repetem velhas situações em torno do cotidiano familiar.

 O mote agora é o enorme ciúme de Manny (dublado por Diogo Vilela, na versão em português) sobre a possível saída de Amora do bando, já que ela se apaixonou por um mamute jovem e de linguagem descolada. Manny exibe, como se podia esperar, artifícios vários para interromper a relação do casal – nada mais  do que um conflito de geração transportado para o mundo pré-histórico. 

  

A repetição não seria suficiente para desmerecer o filme da Blue Sky, que tem como produtor o brasileiro Carlos Saldanha (diretor dos três primeiros capítulos), já que um curta como “O Primeiro Encontro de Riley”, derivado de “Divertida Mente”, registra o mesmo conflito, de maneira engraçada e em poucos minutos. Ao esticar esse tema, porém, ‘A Era do Gelo 5” se arrasta até a chegada do esperado clímax.

 De diferente, apenas uma preguiça fêmea que esnoba Sid, sugerindo que prefere mudar de gênero animal, suscitando leituras variadas. O quinto episódio também tenta atrair os adultos com piadas específicas, algo que os anteriores não tinham muito. Um exemplo é a referência a “Horizonte Perdido”, quando os amigos (e casais) se deparam com uma espécie de Shangrilá, em que os habitantes ficam eternamente jovens.

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