A menos de um mês da estreia, Grupo Corpo adianta detalhes de novas peças

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
16/07/2015 às 07:17.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:55
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

A cada dois anos, os amantes da dança se agitam ante a iminência da apresentação da nova coreografia do Grupo Corpo. Mas, este ano, a expectativa é ainda maior – afinal, a família Pederneiras comemora 40 anos de trajetória com um programa inédito duplo (em geral, o espetáculo inédito divide a noite com uma coreografia do repertório da companhia).

A estreia está marcada para 5 de agosto, e os ingressos já estão à venda. “Suíte Branca” – trilha sonora de Samuel Rosa e coreografia da paulistana (e ex-bailarina do grupo) Cassi Abranches – abre o espetáculo. A coreógrafa havia externado seu desejo por uma trilha mais rock’n roll. E se surpreendeu. “Tem a parte solene, o majestoso e o risco”, pontua a moça, que, para criar a coreografia, recorreu à Física. “Meu ponto de partida foi a gravidade e a falta dela. Tem muito movimento de bailarinos caindo e flutuando”.

Experimentações

Na trilha, é possível encontrar o lado solar do Skank, mas com pitadas de rock psicodélico, dub jamaicano – onde baixo e bateria aparecem em destaque, com a adição de vozes distorcidas – e outras referências. “As experimentações foram enormes, mas o Skank não teve que ser o que não é para compôr essa trilha. Tem tudo que fomos nesses 20 anos”, ressalta Samuel, que confessa: no processo, costumava imaginar como os bailarinos poderiam dançar.

Na segunda parte, “Dança Sinfônica” traz trilha de Marco Antônio Guimarães (Uakti), com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (regência de Fábio Mechetti) e coreografia de Rodrigo Pederneiras.

Aqui, a trilha mescla duas vertentes: sinfônica e pop. Guimarães costurou peças clássicas com os sons do Uakti, extraídos de instrumentos feitos com PVC e outros materiais, e que, em muitos momentos remete a valsas, e em outros, trazem elementos da música afro brasileira. “Na coreografia, mesclei ideias recentes com coisas que estavam na gaveta. A peça fala das pessoas que passaram pelo grupo, e das que ainda estão aqui”, elucida Rodrigo Pederneiras.

Corpo – Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537). De 5 a 9/8. Ingressos: R$ 90 e R$ 45 (meia)

1.080 fotos de várias épocas do grupo estarão no fundo do cenário do balé “dança sinfônica”

 

Confira trechos do ensaio:

 

 

 

 

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