A tranquilidade de Moreno Veloso é levada para o disco "Coisa Boa"

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
16/06/2014 às 10:22.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:01
 (Caroline Bittencourt)

(Caroline Bittencourt)

Mesmo morando boa parte da vida no Rio de Janeiro, Moreno Veloso parece nunca ter deixado de lado sua essência baiana. Demonstra isso na fala calma e na sonoridade do primeiro álbum que assina sozinho, “Coisa Boa” (Pommelo), gravado na época em que o filho de Caetano morava em Salvador, “um lugar mais tranquilo, com um ritmo bem menos intenso, algo com que me identifico muito”.

O que se refletiu nos arranjos, nas ideias. “É uma coisa palpável no disco. Não à toa quis uma foto na capa mostrando uma praia de Salvador”, conta Moreno, que morou lá entre o final de 2009 e o início de 2012, período em que produziu o excelente “Recanto”, de sua madrinha, Gal Costa.

“Coisa Boa” é deliciosamente suave. Tranquilidade é palavra que define bem o álbum, que conta com a canção de ninar que dá nome ao trabalho e a adoravelmente infantil “Jacaré Coruja”. “Não tinha tempo para fazer um disco meu, mas o Pedro Sá (que produz o álbum) disse: ‘não vamos esperar mais. Sempre que houver brecha em nossa agenda, vamos gravar uma música”, diz Moreno, lembrando que o álbum foi feito entre maio de 2011 e setembro de 2013.

Desde o início, o músico já havia definido como seria a sonoridade e quais amigos participariam – entre eles, Kassin e Domenico (que com Moreno, formaram o trio +2), Davi Moraes, Arto Lindsay e Rodrigo Amarante.

Surpresa

O que entrou inesperadamente no álbum foi a participação da cantora japonesa Takako Minekawa, sua amiga há mais de dez anos. Ela criou uma belíssima letra em japonês (traduzida no encarte) para a música de Moreno, “O Mesmo Céu”, e fez questão de cantar em “Num Galho de Acácias”.

“Propus a ela que escolhesse uma música do álbum para fazer o que quisesse, pensando em inserir algum elemento. Ela ouviu as faixas e disse que desejava cantar ‘Num Galho de Acácias’ em português, uma oitava acima da minha voz. Ensinei a música a ela, que fez exatamente o que queria”, lembra Moreno.

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