(Izabel Chumbinho)
Com 107 anos de histórias, a Academia Mineira de Letras (AML) chega ao Circuito Liberdade com programação gratuita e aberta ao público. Localizada à Rua da Bahia, 1466, no Lourdes, região centro-sul de Belo Horizonte, com a integração oficial ao projeto, a AML terá também um assento no Comitê Gestor do Circuito Liberdade e participará das articulações para a construção de projetos culturais em rede ao lado dos outros 13 equipamentos que já compõem o complexo cultural.
O acordo de cooperação com o Governo do Estado via Secretaria de Estado de Cultura (SEC) e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), foi assinado no dia 17 de junho. Para a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, a inserção da ALM traz ganhos de conteúdo e possibilidades de construção de novos roteiros de visitação do público com foco na literatura.
“Com a Academia, nos aproximamos da construção de pequenos circuitos dentro do Circuito Liberdade, além de reforçar o eixo da Rua da Bahia, que tem grande valor cultural na cidade e passou a integrar o projeto em 2015”, explicou.
O Circuito Liberdade, criado em 2010, abriga 14 instituições entre museus e centros culturais, que exploram diferentes aspectos do universo artístico urbano e dos diversos grupos artísticos e popularesda da cena mineira.
Academia
Fundada em 1909 por um grupo de jornalistas, escritores, profissionais liberais, homens públicos e militantes ligados à literatura e à cultura em Juiz de Fora, a Academia Mineira de Letras reuniu influentes personalidades da elite acadêmica de Minas Gerais no projeto.
Transferida para BH em 1915, a AML ganhou sede própria em 1943, onde ficou até 1987, quando quando passou a ocupar o
palacete Borges da Costa, atual sede da Academia e cognominado Casa de Alphonsus de Guimaraens. Com o processo de restauração, o local ganhou também um auditório, em um projeto moderno do arquiteto Gustavo Penna.
Atualmente, a casa é integrada por 40 membros, assim como a Academia Brasileira e a Francesa, que são eleitos por um colégio eleitoral inter pares em processo aberto a todo cidadão brasileiro, com qualificações para postular o acesso ao sodalício.