Affonsinho reúne expoentes locais em seu 11º CD autoral

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
22/10/2015 às 07:43.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:10
 (Paulo Ti/divulgação)

(Paulo Ti/divulgação)

Em seus shows, Affonsinho sempre guarda um momento para flertar com o estilo musical pelo qual é apaixonado, o blues. “Mesmo gravando bossa nova ou MPB, na hora do solo, eu sempre toco a escala do blues, a pentatônica”, diz o músico, que, após 15 anos dedicados a outros gêneros, materializou essa paixão pelo blues em forma de disco, que será lançado esta noite no Teatro Francisco Nunes.

“Bluesing”, como foi batizado o álbum, veio como um desafio bom para Affonsinho. “Não tive dificuldade em produzir este disco porque é como se todas essas canções estivessem guardadas numa gaveta durante estes 15 anos”.

O disco traz 11 faixas autorais, compostas em inglês. Apesar de ter morado um tempo nos EUA e ter facilidade com a língua na hora de conversar, Affonsinho – que é mestre em brincar com as palavras –, teve um certo trabalho para colocar as letras no papel. “‘Filosofar’ ou escrever letras é bem mais difícil”, revela.

Repleto de referências aos seus ídolos na música, como B.B. King, Jimi Hendrix, Eric Clapton, Stevie Ray Vaughan e
Roy Buchanan, “Bluesing” carrega a essência do blues repleto de balanço. Affonsinho destaca três músicas: “I Love To Love You”, balada ao estilo de Eric Clapton; “Blues For Riley”, um caloroso tributo ao mestre B. B. King; e “Jimi’s Vibe”, uma faixa instrumental composta em homenagem a Jimi Hendrix.

Questionado sobre a cena blues na atualidade, ele não titubeia. “Nos EUA e Inglaterra, continua cada vez mais forte... Ginásios lotados e rostos felizes ouvindo tanta música de qualidade. No Brasil, claro, não estamos assim, mas vejo um fortíssimo movimento do blues acontecendo, principalmente em BH”, analisa.

Como nos discos anteriores, Affonsinho convidou “amigos musicais” para participar desse trabalho: Gustavo Andrade, Auder Júnior, Péricles Garcia, Márcio Durães e Alexandre da Mata. “Já tenho parcerias com eles e foram os caras que me estimularam a voltar ao blues. Não posso me esquecer de Alexei Michailowsky. Esse foi o que mais falou na minha cabeça: Você tem que gravar blues!”.

“Comecei ouvindo Nat King Cole, Beatles, Tropicália. Na adolescência, fui apresentado ao rock do Led Zeppelin, Jimi Hendrix, Deep Purple etc” (Affonsinho)

SERVIÇO

Affonsinho – Nesta quinta, às 21h, no Teatro Francisco Nunes (Parque Municipal). R$ 30 e R$ 15 (meia)

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por