Ainda em busca do novo, Capital Inicial se apresenta neste sábado em BH

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
30/08/2018 às 20:20.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:12
 (Camila Cara/divulgação)

(Camila Cara/divulgação)

Dinho Ouro Preto é um senhor frontman. Muito do sucesso do Capital Inicial, banda do BRock que está na estrada há 36 anos, se deve à forma como ele contagia o público nos shows. Em conversa com o Hoje em Dia, para falar da apresentação de amanhã, no KM de Vantagens Hall, o vocalista faz questão de repartir os créditos com os colegas de banda. “Prefiro acreditar que somos procurados por sermos uma boa banda, com um bom repertório e um bom show. Cada um de nós tem um papel nessa obra em parceria, em conjunto. A parte que cabe a mim é a mais visível, mas todos são essenciais”, registra Dinho, que promete um repertório de 23 músicas, fiel às várias fases do Capital. “Nunca vivemos de nostalgia. Estamos sempre lançando discos novos e tocando músicas novas. Varias canções antigas se tornaram muito importantes para nós e para nossos fãs, mas há espaço para novidades. Quando nos reunimos, em 1998, estávamos determinados a aproveitar a oportunidade para dar continuidade à nossa carreira”, lembra. 

Depois de tantos anos, shows e discos, o Capital já tem uma sonoridade, ou, se você preferir, uma personalidade. Acho que temos que ser fieis às nossas origens e raízes. Porém, acredito ser importante estar atento ao que esta acontecendo ao redor”Dinho Ouro Preto, vocalista

 Sem deixar de lado hits como “Cai a Noite” e “Belos e Malditos”, o grupo lançou, após a volta, sete álbuns de estúdio, dois acústicos, um ao vivo e o tributo ao Aborto Elétrico. “A maior parte do show vem desses discos. O Capital sempre olhou pro futuro, mas com orgulho do seu passado. Acredito que essa é a razão pela qual a banda atinge varias gerações”. Rotina é palavra proibida dentro da banda, formada ainda pelo baixista Flávio Lemos, pelo baterista Fê Lemos e pelo guitarrista Yves Passarell. Dinho salienta que o fato de terem experimentado o fracasso serve como alerta. “E mesmo que uma turnê, ou uma carreira, envolva repetição, não há rotina, não há tédio. Cada noite acaba sendo singular”, garante. Olhar novoRecentemente Dinho descobriu que, em São Paulo, as bandas novas se conectam pelo WhatsApp. Não pensou duas vezes e pediu para ser adicionado. O reflexo disso poderá ser percebido no próximo álbum do grupo, “Sonora”, que contará com a produção de Lucas Silveira, do Fresno, além de participações de Badaui e Phil, do CPM 22, e da Emmily do Far From Alaska. “Esse disco é diferente de tudo que já fizemos. Estamos gravando de um modo ‘alternativo’, sem mesas e microfones de ‘zilhões’ de reais. Para nós, é mais relaxado, despretensioso e divertido. Nenhuma música saiu como ela era originalmente. É como se tivessem sido colocadas num liquidificador. Poder fazer algo assim, a essa altura da nossa carreira, é, alem de inesperado, desafiador”, detalha. Show do Capital Inicial – Amanhã, às 22h, no KM de Vantagens Hall (avenida Senhora do Carmo, 230 – São Pedro). Ingressos: de R$ 40 a R$ 120

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