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Um dos destaques da nova geração da MPB belo-horizontina, Alexandre Andrés realiza o lançamento de seu terceiro disco, “Olhe Bem as Montanhas”, na noite desta quinta-feira (9), no Conservatório UFMG. Produzido pelo prestigiado Chico Neves, o álbum traz quatro faixas instrumentais e seis canções, frutos de parcerias com o letrista Bernardo Maranhão – com quem Andrés já havia trabalhado em discos anteriores.
Alexandre decidiu desenvolver um processo diferente de “Agualuz” (de 2009, que teve a chancela do Natura Musical) e “Macaxeira Fields” (de 2012, que recentemente ganhou um registro em DVD e recebeu o prêmio de Melhor Disco de Música Brasileira do ano de 2013 no Japão), quando trabalhou com um grande número de músicos e arranjadores contratados e convidados. Dessa vez, o disco foi gravado ao vivo, com arranjos construídos coletivamente pela banda – formada por Rafael Martini (piano), Trigo Santana (baixo) e Adriano Goyatá (bateria e percussão).
“Esta forma de gravação ao vivo demanda um número bem maior de ensaios do grupo mas, por outro lado, gera um frescor e uma vida que se refletem muito positivamente no resultado musical”, afirma Alexandre Andrés, que gravou o álbum inteiramente no estúdio Retiro das Macieiras, localizado em um sítio de sua família em Entre Rios de Minas.
O apoio de Chico Neves, Uakti, André Mehmari e outros importantes nomes do mercado da música contribuem para que o jovem músico consiga extrapolar os limites das Alterosas. Nesse momento, ele está trabalhando com a produtora paulista Villa 6 para viabilizar apresentações em outros Estados e exterior.
DNA
A música faz parte da rotina de Alexandre desde seu primeiro dia de vida. Filho do flautista Artur Andrés Ribeiro, do Uakti, e da pianista Regina Amaral (que colabora com o grupo), ele recebeu as mais diferentes influências ao longo da vida. Tanto que se graduou em fluata pela UFMG e hoje realiza um mestrado na mesma universidade. Ouvi música desde pequeno, sendo que uma grande parte das influências musicas que recebi e que se refletem nas minhas composições vem do trabalho do Uakti e do minimalismo de Philip Glass, extraordinário compositor norte americano que tive o prazer de conhecer durante duas viagens nas quais acompanhei os meus pais em turnê”.
Show de Alexandre Andrés no Conservatório UFMG (av. Afonso Pena, 1534). Quinta (9), às 20h. Gratuito