“Eu não sou um velho respeitável!”, admite em sincero tom o médico, professor e escritor Angelo Machado. A fala foi emitida para justificar o lançamento do livro “Borboletas Eróticas – Crônicas” (Editora Scriptum). E o autor continua: “Velho respeitável é aquele que todo mundo concorda com ele. Mas isso elimina o diálogo”, explica.

Conhecido escritor de literatura infantojuvenil e dramaturgo, Machado diz que o livro ia chamar “O Cientista Nu”, nome de uma das crônicas. Ficou “Borboletas Eróticas”, outra crônica, porque “atrai muito mais”.

“Tenho coletado estes casos há muito tempo. Tem uma crônica numa tribo de índio. Tem outra de quando fui pipoqueiro no Pará – fui até lá em uma viagem pelo CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)”, lembra o professor, conhecido colecionador de libélulas, cujo acervo com milhares de exemplares, doado recentemente à UFMG, é considerado um dos maiores das Américas.

Mas e as borboletas?

“É que eu coleciono borboletas também. Mas é pouco. E outro dia, ligou para mim uma pessoa de uma fábrica de lingerie. Ela precisava fotografar umas borboletas alegando que estes insetos ‘agregavam um componente erótico’ na estampa da lingerie”.

A última crônica se chama “A Pílula Azul”. Mas o professor avisa que é tudo ficção. Mas, cá entre nós, o senhor já experimentou? “É claro! Na minha idade... E foi bom, peguei no começo. Se eu tivesse direito de voto no Prêmio Nobel eu votaria nisso”. O farmacologista americano Louis J. Ignarro, o “pai do Viagra”, ganhou o Nobel de Medicina em 1998.

Lançamento do livro “Borboletas Eróticas”, neste sábado (12), às 11h, na Livraria e Editora Scriptum (rua Fernandes Tourinho, 99, Savassi)

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