A animação digital vive um salto só visto na transição do cinema mudo para o sonoro, encontrando campo fértil para experimentar novas narrativas. “O Reino Escondido”, que estreia hoje nos cinemas, põe mais um tijolinho na construção dessa linguagem.
Encampando a ideia dos anos 40 e 50 de que, em se tratando de desenho, tudo pode, além de aproveitar o realismo oferecido pelo digital e pelo 3D, o filme de Chris Wedge (“A Era do Gelo”) se transforma num “O Senhor dos Anéis” para crianças.
Baseada no livro “The Leaf Men and the Brave Good Bugs”, a narrativa se passa num universo próximo ao da Terra-Média criada pelo escritor J. R. R. Tolkien (adaptada para o cinema pelas mãos de Peter Jackson), em que o planeta é um grande organismo, habitado por criaturas que vivem para protegê-lo.
Bem versus mal
O texto versa sobre a necessidade do equilíbrio, tanto na Natureza quanto nas emoções, perceptível principalmente na relação entre o sério guerreiro Ronin (no Brasil, voz de Daniel Boaventura) e o jovem brincalhão, mas corajoso, Nod. E há o conflito entre Bem e Mal.
O Mal se apodera de um objeto (assim como o anel de Tolkien) que lhe dá poderes e põe o mundo sob uma medonha escuridão. Para vencê-lo, será preciso que humanos e pequenas criaturas vençam suas desconfianças.
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