Aniversário de 40 anos de 'Star Trek' coincide com 2ª temporada de 'Discovery' na Netflix

Paulo Henrique Silva
07/01/2019 às 07:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:53
 (Divulgação)

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A segunda temporada de “Star Trek Discovery”, com estreia no dia 18, na Netflix, não existiria se não fosse pelo sucesso do concorrente “Star Wars”, em 1977. O filme que ajudou a cunhar a expressão blockbuster e redefiniu a produção cinematográfica americana representou o empurrão que faltava para Gene Roddenberry, o criador da série “Jornada nas Estrelas”, exibida entre 1966 e 1969, retomar os personagens de Kirk, Spock, McCoy, Uhura, Scott, Chekov e Sulu na tela grande.

O primeiro longa-metragem, dirigido por Robert Wise, o mesmo que assinou “O Enigma de Andrômeda” (1971), foi lançado pela Paramount nos cinemas em 7 de dezembro de 1979, sendo fundamental para alavancar uma das mais importantes franquias de ficção-científica da TV e do cinema, cultuada por fãs do gênero e também por cientistas de renome, devido ao respeito dos realizadores em relação a conceitos que envolvem a astrofísica e a cosmologia.

Nessas quatro décadas, a marca “Star Trek” gerou diversas produções para o cinema e para a TV. Na tela grande, já são 13 filmes, com três “tripulações diferentes” – a original, com os atores William Shatner e Leonard Nimoy; a chamada “nova geração”, baseada na série exibida nos anos de 1980; e o reboot da história clássica, lançada em 2009. O 14º longa deve estrear neste ano, com direção de S. J. Clarkson, mostrando o encontro do capitão Kirk (Chris Pine) com seu pai, vivido por Chris “Thor” Hemsworth.Editoria de Arte

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Na telinha, a partir de “A Nova Geração”, quatro séries foram produzidas de forma ininterrupta, durante 18 anos. Além de “A Nova Geração”, que ficou no ar até 1994, o universo expandido de “Star Trek” ganhou “Deep Space Nine” (1993-1999), “Voyager” (1995-2001) e “Enterprise” (2001-2005). A retomada aconteceu em 2017, com a primeira temporada de “Discovery”, que se passa dez anos antes das aventuras da turma de Kirk e companhia e traz novamente os klingons como inimigos da Federação.Editoria de Arte

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Segunda leva de episódios de série deverá ter participações de Spock e capitão Pike

Os fãs de “Star Trek” mal podem esperar pelo início da nova temporada de “Discovery”. Devido à proximidade temporal com a série original, alguns fatos que se transformaram em mistério ao longo dos anos ganharam, enfim, uma explicação.

Um deles foi a confirmação da tripulante Michael Burnham como meia-irmã de Spock, cuja aparição é aguardada na segunda leva de episódios. Outro que deve dar as caras é Pike, primeiro capitão da Enterprise, que só aparece no piloto “The Cage” da série original.

“Discovery foi uma inovação grande, com uma pegada mais atual tanto nas cenas como nos diálogos, no mesmo estilo dos filmes novos. Isso por si só já é muito interessante, ainda mais quando traz alguns fatos que são totalmente desconhecidos dentro do universo”, salienta a fã Eva Cosmaker.

Capitã da Federação de Planetas do Quadrante Delta, fã-clube sediado em Belo Horizonte, ela sublinha a expectativa sobre a aparição de Pike. “Será interessante ver o desenrolar da trama, porque, quando da criação da franquia, o primeiro episódio não foi aceito pelo estúdio. Pike tinha como imediato uma mulher, o que, na época, também foi barrado. Agora teremos a chance de vê-lo em ação”.Editoria de Arte

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Outro aspecto positivo é, de acordo com Eva, mostrar, numa única série, todo o processo evolutivo da sociedade, que foi abordado nas outras à medida que presenciava as mudanças de comportamento, como ter uma mulher negra e um russo na ponte de comando da Enterprise em 1966, durante a Guerra Fria e a luta racial.

Para quem quiser conhecer mais o fã-clube mineiro, basta acessar https://www.facebook.com/groups/ startrekmg/

“Na Nova Geração já temos mulheres com mais igualdade na ponte e um klingon para mostrar que qualquer diferença racial não existe. Em Deep Space Nine, o comandante é negro e há uma mulher como imediato. Em Voyager, a capitã é mulher, com o processo da igualdade de homens e mulheres sendo consumado. Por fim, na Discovery, nós temos a reunião de tudo isso. É uma sociedade onde não existe mais nenhum preconceito quanto à raça, à aparência, ao gênero ou a qualquer outra coisa”, registra.

Assista ao trailer da nova temporada de Discovery:

  

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