Artista chinês Ai Weiwei denuncia o governo de seu país em Estocolmo

AFP
05/11/2013 às 12:47.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:55
 (Jonathan Nackstrand )

(Jonathan Nackstrand )

ESTOCOLMO - O artista chinês Ai Weiwei denunciou nesta terça-feira (5), em um vídeo difundido em Estocolmo, a "detenção suave" a que é submetido na China e que o impediu de ir à capital sueca para participar do júri do Fest Film da Suécia.

Ai Weiwei, de 56 anos, proibido de deixar a China, é representado por uma cadeira vazia no evento. "Lamento não poder comparecer. Por isso, concebi e enviei um objeto simbólico", afirmou o artista plástico.

"Espero que isso possa dar uma certa ideia da forma com que as autoridades podem limitar a liberdade de expressão, limitar os direitos humanos, fundamentais dos artistas, o direito de viajar ou de participar em atividades culturais", disse ainda.

"Continuo vivendo numa espécie de detenção suave. Meu passaporte continua nas mãos das autoridades", afirmou.

A cadeira inspirada no estilo da dinastia Ming (séculos XIV a XVII), enviada de Pequim, foi colocada entre os outros membros do júri e diante de uma tela onde se vê o rosto do artista.

Ai Weiwei é conhecido no exterior por denunciar as violações dos direitos humanos na China e ficou detido durante 81 dias na China, acusado de evasão fiscal.

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