Autora lança livro sobre patrimônio cultural para crianças e adolescentes

Patrícia Cassese
24/10/2015 às 08:29.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:12
 (Divulgação)

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Anna Maria de Grammont nasceu em Ouro Preto, e passou parte da infância e adolescência entre a cidade histórica e Brasília. Pode, pois, observar a influência da arquitetura nos modos de vida e, ao mesmo tempo, desenvolver uma relação lúdica e apaixonada pela cidade de sua família. Não bastasse, cresceu com a consciência da importância de preservação do patrimônio cultural.

Essa relação atávica com o tema deságua, agora, no livro infantojuvenil “O Que é ‘Patrimônio Cultural’?!”, que ela autografa neste sábado (24), a partir das 11h, na Livraria Quixote (rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi).

Por conta dos mestrado e doutorado na área, Anna passou a observar a necessidade de tratar o tema com a população dos sítios históricos – especialmente as crianças. “Minhas pesquisas me mostraram que a forma de efetivamente sensibilizar as populações seria criar laços de pertencimento através de memórias afetivas. Concluí que a melhor forma seria levar lazer aos centros históricos, estimular recordações que tragam os sentimentos que são a base para um legítimo desejo de preservação”, analisa.

Da mesma forma, Anna observou a escassez de instrumentos lúdicos e didáticos que amparassem professores e pais no trato com estes temas. “Tentar traduzir a complexidade do tema para o público infantil foi um desafio de começar a produzir estes instrumentos. Tanto que este é o primeiro livro do que se pretende que seja uma coleção”, diz ela, animada.

MINIENTREVISTA
 
Os próximos temas abordados, lembra ela, serão Arquitetura do Período Colonial e Imperial, Planejamento Urbano em sítios históricos e Cultura e Arte Barroca, todos com foco no público infantil. Confira, a seguir, um bate-papo com a autora:
 
Qual o seu público alvo?
 
O público seria de 6 a 10 anos. Mas o livro pode inspirar e direcionar a como trabalhar com estes temas com públicos de outras idades, mostrando um caminho que parte da história individual para a coletiva, observando os valores que norteiam a seleção do Patrimônio Cultural.
 
Em síntese, que mensagem o livro quer passar?
 
A mensagem é de perceber o amor que circunda elementos que as crianças, e as pessoas em geral, guardam em caixinhas em casa ou na memória: uma carta, um brinquedo, um papel de bombom, a recordação de um sabor, de uma música, de uma história contada por um avô ou algum oficio ensinado por ele... E, a partir da percepção consciente desta motivação de amor, buscar despertar este sentimento para bens de importância de coletiva. Sem esquecer que só é possível amar o que conhecemos.
 
A personagem Aninha foi inspirada em alguém, em particular?
 
O livro é dedicado à minha mãe, Ana Pimenta, e a personagem é uma homenagem a ela. Dessa forma, eu também trouxe a minha história pessoal e de amor para dentro do livro.
 

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