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A mistura é perfeita: público animado e fantasiado e um concurso pelo qual vão desfilar dez novíssimas composições que abordam a realidade social e política de nosso Estado com muito humor. Assim como aconteceu nas duas edições anteriores, o terceiro “Baile das Marchinhas Mestre Jonas” deve novamente ser o grande destaque da temporada pré-carnavalesca em Belo Horizonte. Na festa, haverá dois concursos, um para a seleção da melhor marchinha do ano (sucessos da internet, “Na Coxinha da Madrasta” e “Imagina na Copa” foram as vencedoras das edições anteriores) e outro para a eleição da melhor fantasia. Os três primeiros lugares em cada concurso ganham prêmio em dinheiro (ao todo, são R$ 11,5 mil) e participam do desfile da Banda Mole, no próximo dia 22, na avenida Afonso Pena. Seguindo a tendência das duas primeiras edições, a grande maioria das marchinhas finalistas do concurso são focadas na política. Mas há espaço ainda para contestação social (como “A Marcha do Smartphone”) e o lirismo (“Marchinha Literária”, a primeira finalista do interior no certame). “A tonalidade de crítica política e social é uma característica de marchinhas feitas no Brasil todo”, afirma o organizador do evento, Kuru Lima. Segundo ele, mesmo que boa parte das marchinhas brinquem com assuntos sérios da política nacional, o concurso nunca sofreu qualquer censura. “Nunca tivemos problema. O tema é livre, não há qualquer indução sobre a temática. As marchinhas caem na boca do povo porque falam o que o povo quer ouvir. São marchinhas com uma sutileza e uma inteligência absurdas, feitas de forma lúdica e irreverente. Quem pode ser contra uma coisa dessas?”, questiona. Dessa vez, o evento acontece em um espaço que tem tudo a ver com o Carnaval da capital: a Quadra da Escola de Samba Cidade Jardim. “Fizemos uma parceria com a escola e vamos fazer uma campanha durante o baile para que as pessoas prestigiem as escolas de samba de Belo Horizonte”, diz Kuru. “Baile de Marchinhas Mestre Jonas” na Quadra da Escola de Samba Cidade Jardim (rua do Mercado, Conjunto Santa Maria), hoje, às 21h. R$ 40 e R$ 20 (meia)