Baioky investe em combo “As Pedras e o Sol”, em português, e “3 stars”, em inglês

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
01/02/2015 às 09:49.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:51

Foi quando se preparava para esboçar o que corresponderia ao 6º álbum. Picado pelo mosquitinho da inquietação, Baioky (apelido dado por Marcelo Sussekind) não quis, definitivamente, ficar na zona de conforto. E foi logo lançando dois petardos: “As Pedras e o Sol” (em português) e “3 Stars” (em inglês). Os CDs independentes – com distribuição da Trattore – podem ser vendidos juntos, em uma embalagem especial, ou separadamente.

O moço – que, bem-humorado, diz ter “parado a idade” na baliza dos 36 anos – frisa, porém, que os dois álbuns não dialogam entre si. “‘As Pedras e o Sol’ traz temas existenciais diversos”, resume ele, que, no caso, dá início aos trabalhos com a releitura de um clássico da música popular brasileira, que vem atravessando gerações: “Pois é Pra Quê?”, de Sidney Miller.

Nas outras faixas, Baioky dá a cara a tapa, seja para falar sobre superação ou para abordar questões inerentes a relacionamentos. A faixa “Homo Sapiens?” responde pelo momento “questionamento do mundo atual”, a partir do barulho provocado por um tiro na noite.

Já “3 Stars” centra-se mais nos chamados dilemas do coração, com músicas que carregam títulos tão sucintos quanto reveladores de suas diretrizes, como “October”, “Winner”, “Shadows” ou “Rainbow”. Todas, cumpre dizer, da própria lavra do artista, que fincou estaca na carreira de cantor por influência familiar. Na verdade, famigliare. Baioky vem de uma família que se acostumou a promover encontros musicais. “Desde os quatro anos desenvolvo minha musicalidade”, diz ele, cuja ascendência pode ser localizada na idílica cidade de Lucca, na região da Toscana.

No cômputo geral, Baioky diz que o feedback dos CDs tem superado as expectativas dele. “Sim, estou surpreso. As músicas ‘Hold Me’ e ‘Céu Azul’ são as mais baixadas pela web”, diz ele, que, como instrumentista, começou com violão clássico, em Brasília. Na sequência, aprendeu, sozinho, harpa, acordeom, piano e gaita.

Cumpre dizer que foi em Goiânia que ele se valeu de coragem para adentrar os palcos da vida, como integrante da Família Mattos, que se arriscava a fundir Beatles e música clássica. Mais tarde, morou por cinco anos em São Paulo, onde se debruçou sobre a música eletrônica – e diz ter conhecido a fundo a parceria criativa entre música e computador. A MPB, porém, tem a primazia no seu rol de influências, que perpassa nomes como Caetano, Jobim e Gonzagão.

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