Banda de trash metal Eminence volta com som ainda mais pesado

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
27/02/2013 às 11:29.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:24
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

Cara de mau, só na hora de posar para a foto. Nos outros momentos, o clima de gravação do novo trabalho do Eminence é só de sorrisos e espontaneidade. A banda independente mineira de maior sucesso internacional ocupou o estúdio do Jota Quest por duas semanas para registrar as 11 músicas que vão compor o sucessor de "The God of all Mistakes", lançado em 2008. A equipe do Hoje em Dia esteve lá para acompanhar um pouquinho o processo.

No estúdio, além de três integrantes – o guitarrista e fundador do grupo, Alan Wallace, o baixista Thiago Corrêa (também da banda Transmissor) e o vocalista Bruno Paraguay – estavam dois convidados ilustres: os baixistas Paulo Xisto Jr, do Sepultura, e PJ, do Jota Quest. Quietinho num canto, o produtor dinamarquês Tue Madsen observava toda a movimentação. A festa só não foi completa pela falta do baterista André Márcio, e do guitarrista Rogério Delayon, convidado em duas faixas.

"Será um álbum mais moderno e pesado", afirma Alan Wallace, adiantando que o trabalho ainda não tem nome definido. Será bem diferente dos três anteriores graças à entrada de Paraguay na banda, há cinco anos.

Estreia

É a primeira vez em que sua voz é registrada em estúdio com o Eminence. "Há cinco anos, eu ficava agarrado à grade nos shows do Eminence, cantando todas as músicas. Agora estou aqui, gravando com eles. Um sonho realizado, uma experiência incrível", diz Paraguay, que fez sua estreia em 2008, em um show na República Tcheca.

O grupo já passou também por diversos países da Europa e América do Sul, Japão e até Nova Zelândia. Este ano, toca no grande festival South by Southwest, realizado em Austin, no Texas.

"É mais fácil circular pelo exterior, certamente. Embora não possamos reclamar de Belo Horizonte, onde temos um público grande e fiel, é mais fácil fazer shows em outros países, especialmente na Europa, onde já temos contatos", explica Alan Wallace.

Dor no braço

"Estou com o braço doendo por causa das músicas", comenta Paulo Xisto Jr. O comentário espontâneo é revelador sobre como até mesmo um músico da maior banda de heavy metal do mundo também tem que suar para dar conta do repertório do Eminence.

"Já conheço a banda há muitos anos e o Alan me pediu uma força para o disco. As datas coincidiram e vim. Toquei em três músicas, mas poderia ter tocado muito mais", diz Xisto.

Também convidado para tocar baixo, PJ fez questão de dizer que não é um peixe fora d’água. O baixista do Jota Quest teve até uma banda de metal na adolescência, chamada Unchained Fvitz’s Mother Good Fellas. "Todo mundo começa no rock. Não caí aqui de para-quedas", afirma o músico.

O contato entre Alan Wallace e PJ nasceu via internet. "Nós alugamos muito pouco nosso estúdio, é só para os brothers mesmo. Logo de cara houve uma empatia muito grande entre a gente e, quando fui ver, já estava totalmente dentro da parada", diz PJ.

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