Banda Graveola e o Lixo Polifônico abre a programação do Cine Theatro

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
05/12/2013 às 07:07.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:34
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O dia 20 de janeiro de 2012 foi uma marco para a música independente contemporânea de Belo Horizonte. Palco para apresentações grandiosas e para shows de artistas renomados nacionalmente, o Grande Teatro do Palácio das Artes recebia a gravação do primeiro DVD da banda Graveola e o Lixo Polifônico com casa completamente cheia. Era a prova de que a nova música local pode ir além dos palcos alternativos e ocupar com sucesso os espaços nobres da cidade.

O Graveola mostra mais uma vez sua capacidade de atrair grande público para o teatro. O lançamento do DVD “Graveola Ao Vivo no Palácio das Artes” acontece neste sábado (7), no novo Cine Theatro Brasil, que após receber os painéis “Guerra” e “Paz”, de Candido Portinari, agora abre as portas para apresentações musicais e cênicas. São mil lugares.

“É importante que esses grandes espaços criem mais oportunidade para a música independente. O Graveola conseguiu visibilidade para tocar nesses teatros, mas ainda há muita coisa a ser conquistada. Os espaços tem que estar abertos para o exercício musical de várias outras bandas dessa rica cena de Belo Horizonte”, afirma José Luis Braga, vocalista e guitarrista do Graveola.

A ideia de ocupação do espaço público perpassa toda a história da banda, que sempre esteve envolvida, de alguma forma, com movimentos socioculturais da capital mineira – como a “Praia da Estação” e a ocupação do Espaço Comum Luiz Estrela. O engajamento do sexteto fica ainda mais claro no DVD, que não só traz as imagens captadas no Palácio das Artes, mas também no lançamento do álbum “Eu Preciso de um Liquidificador”, realizado em 2011 na ocupação Comunidade Dandara, no bairro Céu Azul, região da Pampulha.

“Naquele momento, o Dandara se encontrava numa situação de quase despejo. Mas a luta foi crescendo e eles conquistaram uma maior segurança para garantir seus direitos. O Graveola contribuiu para dar visibilidade para aquelas pessoas”, avalia Braga. “Cada um separadamente exerce sua cidadania e, dentro de um coletivo, tem a responsabilidade de colocar as ideias em público, para tentar sensibilizar as pessoas com questões em voga em nossa cidade”.

Veja o clipe da banda

 


 

Banda vivencia nova sonoridade

O som apresentado no Cine Theatro Brasil pelo Graveola será bem diferente daquele registrado no DVD gravado em 2012 no Palácio das Artes. Este ano, o grupo passou por uma mudança importante de integrantes. Saíram a percussionista Flora Lopes e a clarinetista/flautista/cantora Juliana Perdigão, que hoje mora em São Paulo e atua no Teatro Oficina Uzyna Uzona. Entraram a cantora e compositora Luiza Brina e o trompetista Ygor Rajão.

Assim, composições de Luiza Brina foram incorporadas ao repertório do grupo, enquanto os arranjos das antigas canções tiveram de ser retrabalhados. “Voltamos com o teclado, instrumento que ficou por um tempo de fora dos shows. O Ygor é um bom tecladista e um músico muito versátil. As frases melódicas que a Juliana fazia no clarinete e na flauta, agora ele faz no trompete”.

Luiza Brina já tinha um contato estreito com o Graveola, mesmo quando morava no Rio de Janeiro. O guitarrista e vocalista da banda mineira Luiz Gabriel Lopes foi o produtor do primeiro álbum da artista, “A Toada Vem É pelo Vento”.

Novo disco

A nova formação já está debruçada sobre um trabalho. Um álbum que começou a ser realizado no Festival de Inverno de Diamantina de 2012, de forma caseira, deve ficar pronto em breve e disponibilizado em janeiro – antes da participação da banda no “Verão Arte Contemporânea”. 

Graveola e o Lixo Polifônico no Cine Theatro Brasil (Praça Sete), sábado, às 21h. R$ 25 (plateia I) e R$ 20 (plateia II). Inclui o DVD


 

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