Baseado em livro de Thalita Rebouças, 'Fala Sério, Mãe!' estreia na próxima semana

Pauo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
18/12/2017 às 19:37.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:19
 (MAURICIO VIEIRA)

(MAURICIO VIEIRA)

Ingrid Guimarães entabula vários nomes de comediantes americanos, de Ben Stiller a Adam Sandler, para mostrar que o machismo domina os chamados “filmes para família” em Hollywood. Realidade não muito distante do Brasil, que tem Leandro Hassum, Bruno Mazzeo e Fábio Porchat entre os líderes de bilheteria no país.

“Falta uma visão feminina. Temos o Paulo Gustavo em ‘Minha Mãe é uma Peça’, mas, de toda forma, é um homem travestido de mulher. E vamos combinar: quem manda nessa porra toda é a mulher, é ou não é?!”, observa a atriz, que faz dupla com Larissa Manoela em “Fala Sério, Mãe!”, cartaz da próxima semana nos cinemas.

Baseado no best seller homônimo de Thalita Rebouças, o filme põe “uma lupa na relação entre mãe e filha”. A trama começa a ser contada pela mãe vivida por Ingrid, no momento em que a família começa a crescer. Na segunda parte, o ponto de vista é da filha (Larissa), depois que esta completa 13 anos e segue seus próprios caminhos.

Ingrid indaga ao repórter do Hoje em Dia se ele se sentiu “excluído” da história como homem e pai ao ver o filme. Diante da negativa, ela registra: “Ele é super fiel ao livro, que tem essa forma de narrar dividida entre a mãe e a filha. Apesar de estar focado nelas, os homens irão se identificar – ou, pelo menos, se identificar com as suas mães e mulheres”.

Cacos
Mãe de uma garota de oito anos, Ingrid mexeu bastante no roteiro, antes e durante as filmagens. “Quando o texto chegou para mim, vi que tinha uma estrutura muito masculina. E falei para o Pedro (Vasconcellos, diretor) que poderia fazê-la crescer, já que aquele mundo era o meu, de mulher, mãe e de vir de uma família inteira de mulheres”, afirma.

No set, lembra que havia o take do diretor e o take com mudanças sugeridas por ela. “Sempre gostei de improvisar. E o Pedro foi um amor, escolhendo todas as cenas com o meu take”, recorda. Já Larissa deu a contribuição teen, atualizando palavras e situações ao glossário adolescente atual.
“Foi a primeira vez que tive essa oportunidade. Alguns diretores querem que você apenas chegue e fale o texto. Eu gosto de pôr os meus caquinhos, mudar algumas palavras...”, assinala a Maria Joaquina de “Carrossel”.

Gerações
Larissa também deu pitacos na trilha sonora, indicando uma música do canadense Shawn Mendes. “A mãe já estava representada com o Fábio Júnior, que é fã declarada dele e aparece indo ao show. Mas nenhuma criança o conhece. Falei para o pessoal que o filme estava meio velho...”, diverte-se Larissa. “Não tínhamos a menor ideia de quem era. E fui perguntar à minha mãe sobre quem é esse Shawn Mendes”, admite Ingrid.

Apesar de ter mudado o final do livro, Vasconcellos explica que buscou preservar “a alma que estava ali dentro”. Segundo ele, por mais que se mexa em uma parte ou outra, o filme tem que tem que ser fiel à mensagem e à vida das personagens, “para não perder a história”. Por isso fez questão de “trazer a Thalita” para perto, já que o autor é um Deus naquele momento”.

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