(Thais Carneiro/Divulgação)
Black Rock City conta com serviços como cartório e correios. É uma cidade regulamentada pelo governo americano, que, no início, tentou acabar com o evento. As primeiras edições aconteceram na Baía de São Francisco, e foram marcadas por tumultos e manifestações, o que levou as autoridades a proibirem a sua realização.
Como o protesto é um direito constitucional, permitiram que fosse feito numa área do deserto, achando que, em pouco tempo, o movimento perderia força. Ocorreu justamente o contrário, ganhando uma proporção maior do que imaginavam. Virou uma grande cidade e hoje se cobra US$400 para se ingressar nela.
É o único momento em que o dinheiro entra em cena. “Há uma falsa ideia de que é um festival do escambo. As pessoas não precisam receber nada em troca. O termo que usam lá é ‘to gift’, presentear. Lá se presenteia sem esperar nada, a não ser a satisfação do outro”, relata Daniel, que participa do “Burning Man” desde 2009.
Mercado das Borboletas
Como as instalações não podem ter patrocínios, o Brazilian Burners estão se valendo do financiamento coletivo (benfeitoria.com.br/projetomangueira) para levantar os R$ 97 mil reais. Eles promoverão, ainda, várias festas de arrecadação pelo país – em Belo Horizonte, ela já tem data para acontecer: 17 de julho, no Mercado das Borboletas.