Biógrafa desvenda padre Marcelo Rossi, o homem por traz do sacerdote

Elemara Duarte - Hoje em Dia
20/12/2015 às 08:12.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:24
 (Divulgação)

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O Padre Marcelo Rossi ganha uma biografia. Sim, ele também! O livro foi escrito pela jornalista Heloisa Marra, que falou ao Hoje em Dia. O título: “Padre Marcelo Rossi: Uma Vida Dedicada a Deus” (Editora Best Seller). A Deus e, consequentemente, aos “filhos” de Deus.

Veja bem, o Padre está há meses com o nome na lista de autores que mais vendem livros no país (com os livros “Philia”, “Ágape”, entre outros). O programa de rádio diário dele, também é sucesso. E quando vai a algum evento para lançamento das publicações, é fila de fã para mais de metro.

Mas, o que mais teria para ser contado sobre este homem que, com tamanha popularidade, já tem uma vida intensamente aberta ao seu público? Heloisa, responda, por favor:

Você conseguiu identificar alguma novidade importante na trajetória do Padre Marcelo que ainda não foi divulgada?

Consegui através de depoimentos bem reveladores e interessantes. Por exemplo, fui até a faculdade de Educação Física que ele cursou, a Fefisa, Faculdades Integradas de Santo André, e lá entrevistei colegas e professores dele, que me falaram do “Marcelão” e do “Turma”, apelidos que ele ganhou pelo tamanho, resultado da dedicação ao fisiculturismo. Conversei também com Delizete Ranieri, filha da Tia Laura Mendes da Silva, líder da Renovação Carismática e inspiradora do padre Marcelo. Tia Laura previu que ele seria sacerdote. O Tite, técnico do Corinthians e amigo pessoal do padre Marcelo, contou também como ele fez previsões interessantes para o goleiro do time.

Como lhe apareceu esta proposta de escrever a biografia do Padre?

Surgiu do rádio-altar que minha mãe, que é fã dele, tem em casa. A biografia é uma homenagem ao padre, que ajudou a revolucionar a comunicação na Igreja católica alcançando todas as camadas sociais através da música. Fiz um trabalho de reportagem e pesquisa para mostrar outros ângulos de um sacerdote que tem usado todos os meios – rádio, cinema, televisão, música, livros – para promover formas mais simples e acessíveis de falar com Deus, sem o peso do pecado.

Você realizou várias reportagens sobre religião, especialmente sobre a católica, no Brasil. Por que o interesse neste universo?

Estudei em colégio católico e me interesso por esse universo há bastante tempo. Escrevi, quando trabalhava na “Manchete”, uma série sobre o Padre Cícero, cobri a vinda ao Brasil do papa João Paulo II. Conheci e entrevistei Dom Helder Câmara. Admiro a fé e o trabalho de homens, que numa época tão egocêntrica, conseguem se dedicar ao outro e permanecem firmes na fé.

Como foi o processo de pesquisa para o livro?

Fui várias vezes ao Santuário do Padre Marcelo em Interlagos em diferentes dias. Descobri, por exemplo, que a missa de quinta-feira, às 19h30, tem um clima especial pois é rezada à luz de velas. Não entrevistei o padre pessoalmente. Mas a melhor maneira de conhecer o padre Marcelo, segundo Ruy Ohtake, arquiteto responsável pelo templo, com quem conversei, é assistir à sua missa. A sensação no final é de paz. E durante o ritual, o segredo é a participação. Ele não se alonga em sermões. É muito preciso no seu discurso. Apenas deixa a fé, o canto e a emoção das pessoas fluírem.

Como estão as vendas do livro? Alguma proximidade com os best-sellers do Padre?

As vendas estão boas. Descobri que ele desperta interesse e curiosidade em pessoas bem diferentes. Na primeira semana esteve na lista da “Veja” de não-ficção entre os mais vendidos.

 

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