Boogarins volta a BH com repertório ‘redesenhado’

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
01/08/2018 às 17:42.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:42
 (JF Assessoria/Divulgação)

(JF Assessoria/Divulgação)

“Experimentar, reinventar, misturar e destruir”. Esses são alguns dos preceitos que orientam a trajetória do Boogarins. Um dos grandes expoentes do rock psicodélico brazuca, o grupo goiano tem trilhado um caminho de constante reconstrução, repaginando canções dos discos de estúdio em explosivas apresentações – como prova “Desvio Onírico” (2017), que traz registros de shows no Canadá, Estados Unidos e Portugal. O público mineiro poderá conferir essa potência no palco em dois shows que acontecem n’A Autêntica, nesta quinta (2) e sexta-feira (3), com abertura do duo Não Não-Eu.

De acordo com o vocalista e guitarrista Fernando Almeida, o Dinho, desde o lançamento do terceiro disco, “Lá Vem a Morte” (2017), a banda intensificou o gosto por remodelar canções registradas em estúdio. “As músicas do álbum deram outra cor para os sons do show. Desde que lançamos o disco, tem sido absurdamente bom tocar essas canções e descobrir novas nuances possíveis dentro de cada segundo delas”, diz.

Sobre o repertório do show, Dinho conta que o Boogarins também continua tocando canções de “Plantas Que Curam” (2013) e “Manual” (2015). “Mas o recheio principal, o gosto mais forte, tem sido pelo ‘Lá Vem a Morte’”, pontua. “A gente tem esse lance, de redesenhar e renovar as canções. Todas as músicas entram no filtro do momento, do agora, do show que está rolando. Acho que isso é bom para o ouvinte e para a banda. Vamos cavando novos espaços, quebrando as paredes da forma da canção”, completa o músico.

Outro exemplo dessa transmutação interna é a trilha sonora do curta-metragem “Boogarins na Casa das Janelas Verdes”, disponibilizado para download gratuito em dezembro do ano passado. O trabalho apresenta uma hora de sessões de improvisos e canções inéditas gravadas em fita cassete. “Esse trabalho foi bem mágico. Uma imersão de criação numa casa maravilhosa, com Ava Rocha, Negro Leo, Mahmundi, Lê Almeida”, comenta Dinho. “Aproveitamos cada segundo para tentar tocar tudo de novo, fresco, que desse na cabeça. Músicas fluidas, sem forma. Sei lá, sou apaixonado por esse material”, diz.

Com relação ao momento atual da carreira, Dinho ressalta que o Boogarins continua frenético nas duas frentes: palco e estúdio. “A gente tem tocado sem parar, desde 2014. No meio disso, também temos gravado muito”, afirma. “O disco novo já está pronto e, o próximo, está na cabeça. Vamos deixando o povo com sede para depois dar aquela encharcada nas ideias alheias”.

Serviço: Boogarins em BH. Quinta (2) e sexta-feira (3), às 22h, n’A Autêntica (rua Alagoas, 1.172 – Funcionários). Ingressos esgotados para sexta; para quinta, R$ 30.

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