Brisa Marques lança livro de poesias neste sábado no Teatro Espanca!

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
30/08/2018 às 17:09.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:12
 (Gaby Eleutério/Divulgação)

(Gaby Eleutério/Divulgação)

Não é a primeira vez que a jornalista, escritora, atriz, cantora e compositora Brisa Marques lança um livro de poesias. Mas, com “corpo-concreto” (Ed. Leme, R$ 40), obra que ela lança neste sábado (01) no Teatro Espanca!, o sentimento é de estreia, já que em seu primeiro livro, lançado depois que venceu um concurso em Portugal, em 2009, ela não acompanhou o processo de feitura da obra. “Agora me senti um pouco mais íntima e tive muito prazer com isso”, conta.

Criado a partir da junção de vários escritos de Brisa, “corpo-concreto” não foi uma obra inteiramente planejada.“Não pensei em lançar o livro antes de escrever os poemas. Vi que tinha chegado em um momento da vida em que tinha várias coisas escritas”, confessa.

Ela ressalta que, embora defina as produções como poemas, seus escritos nasceram de uma subversão da tradicional escrita literária. “Muitas vezes esses registros não se enquadram na categoria de poesia, porque saem da forma tradicional. Quase nenhum tem métrica, rima. Mas como, para mim, a poesia engloba as várias formas de escrevermos e existirmos, eu chamo esses escritos de poemas”, explica.

Ainda no processo de produção do livro, Brisa conta que sentiu a necessidade de acrescentar ilustrações à obra. “Inicialmente quem faria era o Pedro Carneiro, um parceiro musical meu. Mas durante o processo de concepção, ele estava trabalhando muito e eu tive a iluminação de chamar a Clarice (Panadés) para o trabalho”, lembra.

A decisão rendeu frutos. “O fato de ela ser mulher trouxe ainda mais o feminino para o livro. Ele me fez entender que era uma obra essencialmente escrita por uma mulher. Se o Pedro tivesse feito os desenhos, teríamos uma outra história”, acredita.

Nome

Nesse meio-tempo, Brisa decidiu o título do livro. “Em uma conversa com o Pedro, quando fui avisá-lo que tinha mudado de ideia e que queria que a Clarice ilustrasse o livro, disse que tinham coisas na vida que precisavam ter um corpo concreto. No momento que falei isso, ele disse que seria um belo nome”, lembra.

Tomada a decisão, ela passou a compreender ainda mais o significado do livro. “Aos poucos eu fui entendendo que esse corpo, que é o meu corpo no mundo, é a relação dele com outros corpos”, pontua. O concreto, que acompanha o título, também teve seus significados. “Quando você constrói uma casa, um edifício, uma ponte, você usa concreto para as coisas ficarem sólidas–ele é pesado. Então, esse corpo-concreto é pesado também. O livro é esse desafio de transformá-lo em algo leve”, diz.

Para além do corpo, temática que carrega uma relação com o trabalho de atriz de Brisa, a obra ainda se expande para outras temáticas. “É um livro que tem sessões, descobri isso quando fui organizar os poemas de acordo com o que eles falavam. Vi que eu falava de solidão, de morte, de homem, de mulher, de filho. Nessa parte eu ainda nem tinha tido o João, mas o filho já existia no meu imaginário”, conta.

Serviço: Lançamento do livro “corpo-concreto”, de Brisa Marques, neste sábado, às 19h, no Teatro Espanca! (Rua Aarão Reis, 542 – Centro). Entrada gratuita

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