Bruna Caram se revela compositora em quarto álbum

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
04/11/2016 às 17:47.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:31
 (Divulgação)

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“Multialma”, o quarto álbum da cantora paulista Bruna Caram, é uma prova de como ela está mais madura. Esta é a primeira vez em que a artista apresenta um trabalho quase todo autoral, com faixas assinadas somente por ela e parcerias com gente muito bacana, como Chico César, Zeca Baleiro, Duda Black, Pedro Luís e Roberta Sá. A única faixa não autoral é “Além da Última Estrela”, de Dominguinhos. 

A coragem para mostrar seu lado compositora surgiu como consequência do lançamento, no ano passado, de sua primeira publicação de poemas, “Pequena Poesia Passional”. “Com o livro, me senti mais livre para escrever de maneira mais aberta, com palavrão e de um jeito mais sexual, temas que não levaria para o palco. Isso me deu uma maior liberdade e coragem”, conta a cantora. 

O início na arte da dramaturgia também colaborou para o processo. Bruna foi convidada pelo diretor Luiz Fernando Carvalho para participar das gravações da série “Dois Irmãos”, baseada na obra de Milton Hatoum e estrelada por Cauã Reymond e Bárbara Evans. A produção foi rodada no ano passado, mas só deve ir ao ar no início de 2017. 

“Nunca havia feito nada para TV, mas o teatro me acompanhava desde o segundo disco (‘Feriado Pessoal’, de 2009). Eu levava a interpretação para os palcos. Fui chamada para o teste na Globo porque um produtor viu meus vídeos na internet”, conta. 

Multiartista

“Multialma” ganhou este nome justamente porque Bruna vive um momento em que se sente multiartista – cantora, compositora, musicista, atriz, poeta. Quis que fosse o mais “brasileiro” de seus discos, com mínima instrumentação e bom destaque para a percussão e o acordeon. 

Nas letras escritas para o álbum, Bruna mostra o espírito de uma mulher de 30 anos. “A coragem me levou a falar de temas que me incomodam e de coisas difíceis de serem faladas. É um disco repleto de amores não resolvidos e de um grito contra o machismo, tudo construído de maneira nada pretensiosa”, conta. Exemplo é a faixa “Vou Pra Rua”, cujo clipe teve mais de 13 mil views em dois meses.

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