Camisas pretas dominam segundo dia do Rock in Rio

Hoje em Dia
20/09/2015 às 07:58.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:48
 (TASSO MARCELO/AFP)

(TASSO MARCELO/AFP)

O dia do metal, com bandas como Metallica e Mötley Crüe, é sempre uma data especial no Rock in Rio. O público comparece em massa com engajamento incomum a seus ídolos. Ontem, uma multidão de camisas pretas chegou à Cidade do Rock cedo para acompanhar shows como Körn e Angra, que cantaram no palco Sunset.

O show do Angra teve convidados especiais que renderam, um vocalista italiano que brincou muito com o público, louvação ao guitarrista Kiko Loureiro e até algumas músicas do grupo.

Para quem não acompanha a banda tão de perto, ainda é comum associá-la a André Mattos, vocalista nos anos 1990. Agora quem canta no Angra é o italiano Fabio Lione. Ele agradou e passou pela prova de cantar a baladona “Angels Cry”, grande sucesso do grupo.

O show parou por alguns minutos para que a plateia ovacionasse o guitarrista Kiko Loureiro, que deixa o Angra por um tempo para tocar no Megadeth, um dos gigantes do metal mundial.
Foi feita ali no palco a introdução do novo guitarrista que entra em seu lugar, Marcelo Barbosa, do Almah.

MÃE NO PALCO

A banda brasileira de metal Noturnall fez o primeiro show do segundo dia do Rock in Rio 2015 e apresentou o cover mais inusitado dos 30 anos do festival: a mãe do vocalista cantando “Woman in Chains”, da dupla oitentista e nada metal Tears For Fears.

Há uma explicação: Maria Odete é uma cantora que teve popularidade nas décadas de 60 e 70. Seu dueto com o pimpolho Thiago tem até clipe, que inclusive foi exibido no telão enquanto a mama estava no palco.

Camisas brancas Um pequeno pelotão de opositores a Satã logo perto do portão por onde passaram milhares de pessoas com imagens diabólicas em camisas pretas tentaram levar a palavra de Jesus. No início da tarde de ontem, cinquenta jovens da Juventude Batista Carioca – os camisas brancas de Jesus – entregaram folhetos para os roqueiros. “Rock significa rocha. Quando pensamos em rocha, pensamos em um lugar seguro. Onde você pode afirmar que está o seu lugar seguro?”, perguntava o panfleto. - Queen virou sua própria banda cover de luxo, alfinetam críticos musicais Principal show da primeira noite do Rock in Rio, o Queen subiu ao palco com o vice-campeão do “American Idol”, Adam Lambert. Para especialistas do ramo musical, não usar a palavra nostalgia é algo impossível, já que a lembrança da apresentação da banda no festival, em 1985, com o ícone Freddie Mercury à frente dos vocais é marcante. Três décadas depois, há quem diga que o Queen perdeu a alma e as tentativas de encontrar um vocalista. Para muitos, a banda, apesar de trazer um cantor muito bom como Lambert, não consegue chegar aos pés do que era com Freddie. Adam não agradou a todos os 85 mil que estavam na Cidade do Rock, mas puxou um belo coro de Love of My Life com milhares de vozes, felizes. - Estudante fica preso por alguns minutos na tirolesa do Rock in Rio A máxima gravitacional “tudo o que sobe tem de descer” demorou um pouco mais para o estudante Felipe Cabral, 23. Ele foi um dos que se aventuraram na tirolesa, um dos brinquedos montados na Cidade do Rock. Mas parou no meio do caminho. O mecanismo que o mantinha suspenso no ar travou e Felipe ficou pendurado por alguns minutos até ser resgatado pela equipe da atração. O estudante levou na esportiva: “Podia ter parado na frente do palco, né?”. Incidentes como o dele não são inéditos, diz Chico Santos, responsável pela operação do sistema. “É normal. Se tem muito vento e a pessoa é muito leve, acontece”. Ontem, o agendamento para o brinquedo se esgotou em 40 minutos, segundo a organização. São realizadas cerca de 1 mil viagens diárias. - Mototáxis cobram até R$ 30 para levar público ao festival Mototaxistas têm driblado a intervenção a transportes particulares. Cobram até R$ 30 para cruzar 4 km (do complexo de hotéis no começo da avenida) e deixar o passageiro a 50 metros da entrada do evento. A média de preço, a partir do HSBC Arena (metade do caminho), é R$ 10. Esse meio de transporte é clandestino já em “dias normais”. Com o veto a trechos da pista, a falta é dupla. “A gente sabe que tá no erro, mas o governo não dá conta do recado, acha que todo mundo é sardinha pra se apertar no ‘busão’”, diz um motorista que não quis se identificar. São esperadas 85 mil pessoas para cada dia do Rock in Rio. Após as longas filas registradas na saída de sexta-feira, primeiro dia de festival, o consórcio BRT afirmou que dobraria as catracas.

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