(Thayse Gomes/Divulgação)
Lucy Alves vive um momento incrível de sua carreira, com uma repercussão que tende ser maior do que quando foi finalista do “The Voice Brasil”, em 2013. Ela foi puxadora de samba no desfile da Imperatriz, no Carnaval do Rio de Janeiro, e dá os primeiros passos como atriz – ela integrou o musical “Nuvem de Lágrimas”, em São Paulo, e será uma das protagonistas de “Velho Chico”, novela idealizada por Benedito Ruy Barbosa que entrará na faixa das nove da Rede Globo.
Isso tudo acontece no momento em que ela divulga o álbum “Lucy Alves & Clã Brasil no Forró do Seu Rosil” (Biscoito Fino), álbum que homenageia o centenário do compositor Rosil Cavalcanti. No repertório, estão canções importantes de Rosil, que foi parceiro de Jackson do Pandeiro por muitos anos. Algumas são bem famosas como “Sebastiana”. Teve ainda três letras inéditas que foram musicadas por Lucy e sua família (o Clã Brasil) especialmente para o projeto.
“A gente sempre cantou músicas de Rosil no nosso grupo e um dia a família dele nos disse que gostaria que alguém fizesse uma homenagem. O Rosil não teve o reconhecimento que merecia, talvez por ter sido apenas compositor e não intérprete”, afirma Lucy, que começou a trabalhar com música na infância, seguindo o pai Badu.
“O disco traz uma música que é muito brasileira e dançante”, diz a artista. “A poesia do seu Rosil retrata a região, a vida do nordestino, sua relação com a terra, o clima e a dança”.
Luzia
Até ano passado, Lucy não se imaginava como atriz. Ela havia feito um teste para uma minissérie que Luiz Fernando Carvalho estava planejando, mas o projeto tinha sido abortado. O bom foi que o diretor gostou dela e a convidou novamente para um teste, dessa vez para Luzia, a personagem que será casada com o protagonista Domingos Montagner.
“O Luiz Fernando se preocupa muito com a criação do personagem, tem um olhar para o teatro. É um cara que entende de música, é artista plástico, fica 100% envolvido com a produção e passa para a gente essa segurança”, diz a artista paraibana. “Ele gosta de artistas que criam. Se o iluminador perceber uma luz diferente, pode sugerir. Todo mundo tem uma certa autonomia ali”.