Carol Serdeira e Malvina Lacerda cantam nesta quinta-feira em show-homenagem a Elis Regina

Thiago Pereira
talberto@hojeemdia.com.br
25/07/2017 às 16:44.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:44
 (Divulgação)

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Se o Brasil é um país de unanimidades (o futebol de Pelé, a poesia de Chico Buarq[/TEXTO]ue, a atuação de Fernanda Montenegro), Elis Regina pode se considerar parte deste seleto grupo de paixões nacionais indiscutíveis–as exceções nas discussões apenas confirmam regras, certo?

Diversas chancelas são dadas à cantora gaúcha, mas acima de todas elas paira uma em especial: “A maior cantora do país”. O show “Redescobrir Elis Regina”, que reúne Carol Serdeira e Malvina Lacerda no palco do Teatro Bradesco, amanhã, pode ser visto como uma confirmação desta percepção. É também um risco: afinal, mexer com a Pimenta pode ser uma missão ardida. “A gente tem tentado tratar esse show como uma homenagem, uma manifestação de amor e admiração pela artista e isso diminui o peso. Mas o frio na barriga fica”, ri Malvina Lacerda. “Dá frio na barriga, dor de estômago, euforia, dá tudo. Cantar Elis é desafiador mas também muito prazeroso”, acompanha Cerdeira.

O show nasceu da vontade das duas em trabalhar junto e afinar ainda mais a empatia “pessoal e profissional” que descobriram a dois anos. “Aí decidimos criar o projeto ‘Redescobrir’, que são releituras de grandes artistas. Como a Elis é uma artista muito representativa na história de nós duas, achamos que seria interessante ela ser a primeira artista a ser revisitada”, diz Lacerda.

Logo que pensaram no projeto, Carol e Malvina procuraram o radialista Tutti Maravilha, amigo pessoal de Elis, espécie de guardião mineiro da memória da cantora. Receberam alguns toques e a benção dele, e tocaram a ideia em frente, em busca de um repertório.“A gente fez uma escolha que tem a ver com a nossa relação com a Elis, mas tentando manter um repertório que cativa as pessoas; que o público possa cantar junto. Não é um setlist muito lado B, faremos grandes clássicos dela”, garante Lacerda. “Escolhemos músicas que fazem sentido pra nós e pro nosso encontro. Estamos fazendo um misto de arranjos originais e inéditos pensados pra nós pelo nosso diretor musical Samy Erick”, completa Cerdeira. Além de Erick comandando a banda, o show terá participações especiais dos cantores Sérgio Pererê e Pedro Morais.

Para além dos clichês e das unanimidades, a causa maior do show reside em seu título. “A Elis é atual. Em todos os posicionamentos, o que ela cantou, declarações que já deu, enquanto mulher, enquanto cidadã, são válidos. É como se ela ainda tivesse presente. É um reencontro com essa mulher à frente do seu tempo”, define Lacerda.

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