As charges que você vê aqui fazem parte da exposição “Je Suis Charlie, Uai”, que entra em cartaz nesta quarta-feira (11) e segue até 7 de março, na galeria da Aliança Francesa BH (rua Tomé de Souza, 1418, Savassi). A coletiva faz parte de um manifesto em bom “mineirês” a favor da liberdade, um mês após o ataque terrorista ao jornal francês Charlie Hebdo. “Je Suis Charlie, Uai” traz charges de 23 cartunistas mineiros de várias gerações como Lute, Dum, Mário Vale e Alves (os quatro, em atuação no Hoje em Dia), além de Duke, Nilson, Quinho, Ziraldo, entre outros. “O Charlie Hebdo tinha um humor ácido não apenas para as religiões, mas também, para outros aspectos como a política e a economia”, observa Lute, que é presidente da Cartunistas Mineiros Associados (Cartuminas). A ideia do evento veio da coordenação da Aliança Francesa BH. Em seguida, a Cartuminas aderiu à proposta e contatou vários “trabalhadores do traço” para fazer a reflexão a favor da liberdade. Na exposição, há charges que já foram publicadas. Outras foram criadas para a mostra. “Nós, mineiros, temos uma relação muito próxima com a Revolução Francesa. Foi a partir daí que surgiram os Inconfidentes. O sentimento de liberdade está até estampado na bandeira de Minas”, lembra o cartunista José Carlos Aragão, também na exposição. Lute avalia que a democracia é “complexa e, às vezes, difícil”, mas que qualquer solução de problemas políticos e sociais fora dela “não convence”. No mesmo dia e lugar da abertura “Je Suis Charlie, Uai”, às 20h, será feita a abertura do “Manifesto Gráfico – Arte Mural”. No trabalho, os participantes vão discutir os temas do evento e tingir os muros da Aliança Francesa BH.
Na Cemig Ainda na agenda será realizado o debate “Sem liberdade não tem graça”, com a participação dos cartunistas Nilson, Lor e Lute. O encontro acontece às 18h, no Centro de Arte Popular – Cemig (rua Gonçalves Dias, 1.608, Lourdes).